Do final dos anos 60 até o advento do Napster, as capas de discos faziam a alegria da galera do rock n´roll: desvendá-las, explicar “metafisicamente” seu conceito e outras saudáveis bobagens faziam parte do sabor da novidade em se escutar um registro novo. Algumas bandas elevaram à enésima potência a mística em torno da embalagem de seus trabalhos, lançando álbuns com capas diferentes, edições limitadas, capas de couro, símbolos estranhíssimos e por aí vai.
1973 - “Dark Side of The Moon”
Em minha opinião, as capas posteriores feitas para o PINK FLOYD pela mesma empresa - “Wish You Were Here” (1975) e “Animals”(1977) - são esteticamente muito mais interessantes. O “x” da questão é que, em termos de reconhecimento, até a minha avó reconhece o prisma clássico – que é quase a representação da própria banda.
1974 - “Phenomenon”
O terceiro disco do UFO juntou a “fome com a vontade de comer”: além de ser um clássico absoluto, que representou a virada hard rock para a banda, o álbum apresentava essa enigmática capa, contrastando o tradicionalismo com uma visão além das convenções. Top!
1974 - “The Lamb Lies Down on Broadway”
Parte do conceito do rock progressivo está - claro - ligado à tradução de sua musicalidade peculiar - vide as louquíssimas capas do YES nos anos 70. Aqui o GENESIS não fica pra trás. O álbum – conceitual - traz uma imagem de alteridade em sua capa, candidatíssima à uma das melhores do gênero.
1976 - “Dirty Deeds Done Dirt Cheap”
A bem da verdade, a capa original não era essa - que só foi inserida a partir da reedição do álbum – quando a banda já gozava de mais prestígio. Agora, verdade é que essa capa não foi superada pela banda - nem depois dos muitos milhões que vieram depois.
1976 - “Technical Ecstasy”
Ozzy descreveu a capa do sétimo álbum do SABBATH como “dois robõs f....endo em uma escada rolante”. Mesmo a Hipgnosis tendo produzido posteriormente a arte de “Never Say Die”, essa capa reflete o contexto do full length: novos ares, nova versão tecnológica de mundo e o prenúncio do fim dos anos 70.
1977 - “Going For The One”
De bobo, o pessoal do YES nunca teve nada: pegando o embalo do pessoal do FLOYD, contrataram a Hipgnosis e fizeram essa capa futurista, que retrata as torres gêmeas do Century Plaza Towers em Los Angeles.
1979 - “In Through the Out Door”
Musicalmente falando, o menos inspirado dos discos do LED. Mas, até nisso eles tinham que dar uma colher de chá: a capa- que saiu em seis perspectivas diferentes sobre uma mesma imagem - é considerada uma das melhores da história do rock n´roll.
1980 - “Animal Magnetism”
Dizem que uma imagem vale por mil palavras, então...
1981 - “Difficult To Cure”
Segundo consta, essa capa nem foi produzida especificamente para esse disco do RAINBOW - seria uma opção para “Never Say Die”. O que dá para dizer é que BLACKMORE realmente tem sorte: a capa tem mais profundidade que o conteúdo do disco- que marcou a passagem do som da banda de hard pedreira para uma fase mais comercial.
1981 - “High n´Dry”
O segundo álbum do DEF LEPPARD já começa com o pé direito: sua capa se tornou uma das poucas realmente interessantes do hard rock dos anos oitenta, marcado por lamentáveis fotos de gente maquiada até o último fio de cabelo.
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