sábado, 27 de julho de 2013

Onde Os Fracos Não Tem Vez- No Country for Old Men


Dados do Filme:

Título Original: No Country for Old Men
Gênero: Drama / Suspense
Censura: 16 Anos
Ano do Lançamento: 2007
Tempo de Duração: 02:02:00
Qualidade: DVDRip
Formato: RMVB (Dublado) 
Audio: Português ou Português e Inglês
Qualidade de Áudio: 10
Qualidade de Vídeo: 10
Tamanho: 400 MB / 854 MB


Elenco:

Tommy Lee Jones … Ed Tom Bell
Javier Bardem … Anton Chigurh
Josh Brolin … Llewelyn Moss
Woody Harrelson … Carson Wells
Kelly Macdonald … Carla Jean Moss
Garret Dillahunt … Wendell
Tess Harper … Loretta Bell
Barry Corbin … Ellis
Stephen Root … Man who hires Wells
Rodger Boyce … El Paso Sheriff
Beth Grant … Carla Jean’s Mother
Ana Reeder … Poolside Woman
Kit Gwin … Sheriff Bell’s Secretary
Zach Hopkins … Strangled Deputy
Chip Love … Man in Ford


Sinopse: 

Texas, década de 80. Um traficante de drogas é encontrado no deserto por um caçador pouco esperto, Llewelyn Moss (Josh Brolin), que pegauma valise cheia de dinheiro mesmo sabendo que em breve alguém irá procurá-lo devido a isso. Logo Anton Chigurh (Javier Bardem), um assassino psicótico sem senso de humor e piedade, é enviado em seu encalço. Porém para alcançar Moss ele precisará passar pelo xerife local, Ed Tom Bell (Tommy Lee Jones).




quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lampião e seu Bando


Mais mito que verdade

No interior do Pernambuco, o culto já exige monumentos. No dia 7 de julho, quando, segundo o Registro Civil, se comemoram 100 anos do nascimento de Lampião, o município de Triunfo lançará a pedra fundamental de uma estátua de 32 metros de altura para homenageá-lo. Com o apoio do povo. Triunfo segue o exemplo da vizinha Serra Talhada, ex-Vila Bela, terra natal do cangaceiro, que, em 1991, organizou um plebiscito para saber se ele merecia uma honraria dessas. O resultado foi sim e a estátua só não existe ainda por falta de verbas.
Bem antes de morrer, Lampião já inspirava poemas, músicas e livros. Uma propaganda de remédio chegou a comparar os males que ele causava à sociedade com os distúrbios provocados pela prisão de ventre. Mas a referência ao cangaceiro como figura nociva era exceção. Em geral, ele era tratado como herói, um nobre salteador, que tomava dos ricos para dar aos pobres. Em 1931, o mais importante jornal americano, The New York Times, divulgou essa versão caridosa do criminoso.
Com o tempo, o mito só cresceu. Este ano serão lançados mais três filmes (Corisco e Dadá, O Cangaceiro e O Baile Perfumado) e uma novela (Mandacaru, na Rede Manchete) sobre Lampião. Isso sem falar nos livros. E muitas dessas obras continuam mistificando o bandido, como se houvesse algum glamour em sua biografia.

Crueldades varrem o Sertão

Não dá para enumerar as atrocidades cometidas por Lampião. Sob o escudo da vingança, ele tornou-se um “expert” em “sangrar” pessoas, enfiando-lhes longos punhais corpo adentro entre a clavícula e o pescoço. E consentiu que marcassem rostos de mulheres com ferro quente. Arrancou olhos, cortou orelhas e línguas. Castrou um homem dizendo que ele precisava engordar.
Não há nada que justifique práticas assim. Mas muitos pesquisadores tentam explicá-las. “Lampião é um produto do seu meio”, arrisca Paulo Medeiros Gastão, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço, com sede em Mossoró (RN). “Ele foi levado por fatores ligados à vida no sertão, como ignorância, secas, ausência de governo e de Justiça”, diz Gastão. Mas argumentos assim, alegados por muitos estudiosos, não são suficientes para entender Lampião. É o que garante o historiador americano Billy Jaynes Chandler, especialista do assunto: “Sua história, com todas as suas excentricidades, é toda dele”.
O ambiente em que o bandido cresceu, porém, tem seu peso. De acordo com Vera Lúcia F. C. Rocha, da Universidade Estadual do Ceará, “o código de honra do sertão não culpabiliza os homens que matam por vingança, mas enaltece sua coragem”. Vera, que acaba de lançar o livro Cangaço: Um Certo Modo de Ver, lembra que aquela sociedade repete para os meninos: “Seja homem”. Será que era a essa expectativa que Virgulino Ferreira tentava atender?

Nada a ver com Robin Hood

Não são poucos os que vêem em Lampião um Robin Hood nordestino. “Ele foi bandido, mas também teve atitudes de distribuir o que tomava”, diz o pesquisador Antônio Amaury C. de Araújo, de São Paulo, que escreveu seis livros sobre o cangaço. É, houve passagens assim. Em 1927, o bando entrou em Limoeiro do Norte (CE) jogando moedas para as crianças. Cena semelhante acontecera em Juazeiro, quando, num dos mais absurdos episódios da história brasileira, o bandido foi convocado para combater a Coluna Prestes (veja o infográfico).
“Mas Lampião nunca escolheu aliados em função da classe social”, diz o antropólogo Villela. “Pobres e ricos, oprimidos e opressores, todos eram bons desde que satisfizessem suas exigências. Todos eram inimigos desde que se opusessem a seus propósitos.”
O historiador inglês Eric Hobsbawn chegou a classificá-lo como um “bandido social” – não exatamente um Robin Hood, mas um tipo vingador. “Sua justiça social consiste na destruição”, disse Hobsbawn, que foi criticado pela avaliação. Billy Chandler, por exemplo, acha que Lampião só poderia ser considerado um bandido social por ter raízes em um ambiente injusto, nunca por se preocupar com a justiça social.
Villela concorda. Para ele, Lampião resistiu a um tipo de migração vergonhosa, a migração do medo, que empurrava para longe gente ameaçada por inimigos ou pela polícia. Para não passar por covarde, assumiu o nomadismo e a violência. As boas ações seriam um “escudo ético”, na opinião de Frederico Pernambucano de Mello, superintendente de Documentação da Fundação Joaquim Nabuco, de Recife. Lampião, apesar de perverso, queria ser visto como um homem bom.

Apoio logístico de primeira

A formação que Lampião teve em casa valeu muito para sua brilhante atuação no cangaço. Com uma tropa de burros, sua família fazia frete de mercadorias. Virgulino aprendeu bastante sobre caminhos e viagens longas no trabalho com o pai. Além disso, conheceu muita gente do sertão. E tantos contatos acabariam sendo preciosos mais tarde.
A rede de apoio que ele tinha era fantástica, embora não fosse formada só de amigos. O historiador cearense Abelardo Montenegro definiu três tipos de coiteiros, como eram chamados aqueles que davam proteção ao bandido: o involuntário, que tinha medo, o vingador, que queria usar seus serviços, e o comerciante, que visava lucro. De acordo com a também cearense Vera Rocha, para a polícia havia só dois tipos: os ricos, que queriam proteger suas propriedades, o que era considerado compreensível, e os pobres, que o admiravam, o que era inadmissível.
Na verdade, ninguém tinha coragem de negar ajuda ao cangaceiro. E todo mundo também morria de medo da polícia. Em 1932, quando a repressão acirrou, as volantes, tropas andarilhas, transformaram-se num terror. “Quem tivesse 16, 17 ou 18 anos tinha que se alistar no cangaço ou na volante, senão ficava à mercê dos dois”, costuma dizer Criança, ex-cangaceiro que mora hoje no litoral paulista.
Os coronéis não tinham esse problema. Lampião chegou a ser amigo do capitão Eronides Carvalho, médico do Exército que se tornaria governador de Sergipe em 1934. O próprio confessou, anos depois, ter arranjado, mais de uma vez, munição para o bando.

Em paz, somente com Deus

Em meio ao sangue, Lampião achava lugar para a religião. Nos acampamentos, rezava o ofício, espécie de missa. Carregava livros de orações e pregava fotos do Padre Cícero na roupa. Em várias das cidades que invadiu chegou a ir à igreja, onde deixava donativos fartos, exceto para São Benedito. “Onde já se viu negro ser santo?”, dizia, demonstrando seu racismo. Supersticioso, andava com amuletos espalhados pela roupa. Levou sete tiros e perdeu o olho direito, mas acreditava-se que tinha o corpo fechado.
Em tempos de calmaria, os cangaceiros dividiam o tempo entre a fé e o prazer. Jogavam cartas, bebiam, promoviam lutas de homens e de cachorros, faziam versos, cantavam, tocavam e organizavam bailes. Para essas ocasiões se perfumavam muito. Mello informa que Lampião tinha preferência pelo perfume francês Fleur d’Amour. Balão, que viveu os últimos anos do cangaço, contou antes de morrer que eles usavam mesmo era Madeira do Oriente, bem mais popular. Há relatos de que os bandoleiros perfumavam até os cavalos quando andavam montados.

Jeito estranho de constituir família

Muito se fala que Lampião respeitava as mulheres. Mas parece que não era bem assim. Consta que em 1923, num lugar chamado Bonito de Santa Fé (PB), ele deu início ao estupro coletivo da mulher de um delegado. Eram 25 homens. “Tirei muita mocinha das mãos de companheiros”, conta Ilda Ribeiro de Souza, a Sila, 73 anos, a viúva do cangaceiro José Sereno, que vive em São Paulo.
O líder também mandava marcar a ferro moças que usassem cabelos ou vestidos curtos. É possível que Maria Déa, a Maria Bonita, não soubesse dessas histórias quando se apaixonou por ele. Ela o conheceu em 1929 e, em 1930, deixou o marido, o sapateiro José Neném, para segui-lo. Assim, abriu as portas para a entrada de mulheres no bando. Segundo Frederico de Mello, era uma época de “mais idade, menos guerra e mais limpeza”. Alguns estudiosos acreditam que as mulheres rivalizaram com as armas, desviando os homens da concentração militar. Teriam sido responsáveis pelo fim do cangaço.
De fato, alguns problemas surgiram, como o nascimento de crianças. A solução foi dá-las para padres ou fazendeiros. Quando morria um companheiro, a viúva tinha de arranjar novo par. Por duas vezes isso não deu certo e a saída foi executar as mulheres. Rosinha e Cristina foram assassinadas para não ameaçar o grupo. Outro drama era o adultério. Lídia e Lili morreram por trair seus companheiros.
É curioso notar como, apesar de atitudes extremamente conservadoras com as mulheres, Lampião chegava a ser moderno em outros aspectos. Mandava cartas com papéis que tinham seu nome datilografado, tremenda novidade na região. De acordo com Mello, preocupado com falsificação de correspondência – houve quem tentasse se passar por ele para levantar um dinheirinho – mandou fazer cartões de visita com sua foto. E tinha até garrafa térmica. De um certo ponto de vista, pode-se dizer que levava uma vida sofisticada.

Muita bala e cabeça de guerrilheiro


O bando de Lampião chegou a passar sede e fome, mas munição nunca faltou. Nem os “cabras” de maior confiança sabiam de onde vinha tanta bala. Direta ou indiretamente, a principal fonte foi a própria polícia. Pesam fortes suspeitas até sobre o capitão João Bezerra, o mesmo que acabou matando Lampião em Sergipe, em 1938.
Com suprimento suficiente e a cabeça de guerrilheiro de Lampião, o bando ganhava todas. Não se sabe quantos combates foram travados. O ex-comandante de volantes pernambucano Optato Gueiros contou 75. O cangaceiro, já em 1926, falava em 200. Também não há números sobre as baixas. “Alguns afirmam que morreram, em ambos os lados, cerca de 1 000 homens”, diz o historiador Jovenildo Pinheiro, da Universidade Federal de Pernambuco.
Para conseguir bons resultados, Lampião evitava ao máximo os confrontos e abusava de uma tática conhecida como dueto. Ao ataque da polícia, simulava uma fuga, esperando o inimigo em outro local, de surpresa. Havia quem dissesse que isso era covardia. Ele preferia chamar de esperteza.
Virgulino gostava das armas. Foi delas, aliás, que ganhou seu apelido. Diz-se que certa vez ele iluminou o ambiente com tiros, como um lampião, para que um colega encontrasse um cigarro caído no escuro. Outra versão conta que ele fez uma modificação num fuzil, tornando-o mais rápido, de modo que o cano estava sempre aceso. Como um lampião.

Encurralado no esconderijo

No ano passado, o fotógrafo mineiro José Geraldo Aguiar causou considerável estardalhaço quando anunciou que Lampião não morreu em 1938, aos 41 anos, como está escrito nos livros de História. Ele teria morrido apenas em 1993, em Minas, com o nome de Antônio Maria da Conceição. Aguiar pediu a exumação do corpo de Conceição mas a Justiça negou. Agora aguarda julgamento de um novo processo que apresentou. “Eu vou provar que estou falando a verdade”, garantiu ele à SUPER.
Enquanto isso, fica valendo a história antiga. Lampião foi traído por um coiteiro e surpreendido pelos “macacos”, como ele chamava os policiais, comandados por João Bezerra. O chefe do cangaço estava em um de seus coitos (esconderijos), na Fazenda Angico, em Porto da Folha, Sergipe. Isso aconteceu na madrugada de 28 de julho de 1938. Os trinta homens e cinco mulheres começavam a se levantar e os 48 policiais traziam uma metralhadora Hotchkiss, um dos sonhos de Lampião. Além dele e de Maria Bonita, foram mortos mais nove cangaceiros. A selvageria policial foi equivalente à dos bandidos. 

As cabeças dos mortos saíram em uma turnê macabra, e foram expostas em várias cidades. As de Lampião e de Maria, que foi degolada viva, seguiram para o Instituto Nina Rodrigues, em Salvador. Só foram enterradas em 1969.
Mas a história também pode não ter sido bem assim. Naquela época, Lampião negociava sua saída do cangaço com a polícia de três Estados. Por isso, há a suspeita de que o episódio de Angico foi uma farsa e de que a cabeça atribuída ao rei do cangaço era de um outro qualquer. Diz-se que ele carregava 1 000 contos de réis (um carro custava 8 contos) e uns 5 quilos de ouro. Isso sem falar no dinheiro que agiotava e que, claro, deixou de receber. Enfim, poderia ter subornado seus perseguidores e se mandado, como garante José Geraldo Aguiar.
Cinco dias depois do combate, Corisco, o diabo loiro, que não estava presente, matou um coiteiro, que imaginou ser responsável pela denúncia do amigo, e mais cinco pessoas de sua família. Cortou as cabeças e mandou para Bezerra. Em 1940, Corisco foi morto. Com ele, morreu o cangaço.

Eles também são idolatrados


Na década de 60, o historiador inglês Eric Hobsbawn incluiu Lampião entre um grupo de criminosos “sociais”. Para chegar a tal conclusão, Hobsbawn se baseou mais nas lendas do que nos fatos, como ele mesmo admitiu. A maioria dos estudiosos vê em Lampião apenas um bandido sanguinário, sem qualquer objetivo nobre. Estimulado, talvez, pelo ambiente, ele caiu num tipo de vida da qual não tinha muito jeito de sair. O fato de ter sido transformado em herói não é novidade. Outros criminosos sofreram o mesmo processo. É o caso do americano Jesse James, dos filmes de faroeste. No Brasil, nunca houve um que se comparasse ao cangaceiro, mas muitos foram bastante exaltados.

Suástica misteriosa encontrada em floresta


No que parecia ser um dia comum de 1992, o estagiário da empresa de paisagismo alemã Ökoland Dederow saiu do escritório para fazer algumas fotos aéreas de uma floresta em Brandemburgo. Seu objetivo era iniciar o plano de um sistema de irrigação. Poderia ser apenas uma tarde dedicada a uma das ingratas tarefas delegadas aos iniciantes, mas não foi. Olhando as fotos do voo sobre a região, ele viu que as árvores do local a formavam o desenho de uma suástica.
O símbolo nazista só pode ser visto do alto – esse é o motivo de ninguém ter notado sua presença até a década de 1990. Ele é formado por um grupo de 140 larícios (um pinheiro típico da Europa) que se mistura à vegetação densa da floresta. No outono, essa árvore se torna amarelada, o que faz o desenho se destacar em meio ao restante da flora.
O estagiário mostrou as imagens ao seu chefe, Günter Reschke, e os dois passaram a pesquisar a origem daquela curiosa visão. Medindo as árvores, o que os especialistas consultados descobriram foi que os larícios haviam sido plantados no final dos anos 1930. Ou seja, por décadas, durante cada outono, uma suástica se formou nas florestas alemãs, sobrevivendo à ocupação russa, ao regime comunista na Alemanha Oriental e à queda do Muro de Berlim, sem chamar a atenção de ninguém (ninguém que tenha se pronunciado, pelo menos).
Vários rumores tentaram explicar a origem do estranho desenho nas árvores: um fazendeiro local afirmou que plantara as mudas ainda criança, pois um engenheiro florestal lhe pagara alguns centavos por cada árvore. Outros garantiram que a plantação era uma tentativa de melhorar a imagem da região diante do governo nazista depois que um habitante da comunidade tinha sido levado para um campo de concentração.
A terceira hipótese, mais aceita que as outras duas, afirma que as árvores foram plantadas como uma homenagem a Adolf Hitler no seu aniversário, ainda nos anos 1930. O jornal alemão Berliner Zeitung ainda divulgou que as árvores foram plantadas como um agradecimento da comunidade ao Reich pela construção de uma rua.
Em 1995 foi feita a primeira tentativa de eliminar esse “detalhe” da paisagem alemã. Armados de motosserras, trabalhadores locais cortaram os troncos das árvores. Não adiantou: no ano 2000 já era possível vê-las novamente sobrevoando a área da floresta. Em uma segunda tentativa, o governo de Brandemburgo recebeu permissão para cortar apenas 25 árvores, ou seja, precisaram escolher cautelosamente as que cortariam, de forma que o desenho fosse claramente desfeito.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Rituais Tribais


Enquanto a história remonta, pessoas de todo o mundo ,têm colocado muito orgulho e esforço em modificações do corpo - tudo desde piercings e tatuagens a escarificação e deformações.
As razões são todos diferentes, alguns fazem isso por motivos religiosos, outros por auto-expressão, por razões estéticas, o valor de choque e para alguns é um ritual cultural.
Que seja o motivo para as pessoas para fazer isso, eu acredito que todos eles têm uma coisa em comum - para dizer, e compartilhar algo sobre si mesmos. Dizer às pessoas quem são, o que eles acreditam, ou talvez de onde eles vêm.
Eu acho que é fascinante quando você viajar para ver todos esses diferentes estilos de arte corporal em todo o mundo, e eu também notei que cada vez mais parecem começar a se misturar.

Escarificação


Escarificação está presente em muitas culturas, especialmente na África, e também em Papua Nova Guiné. Na tribo Sepik em Nova Guiné escarificação é um rito de iniciação para os homens jovens. Eles fatiam o  peito do homens , costas e nádegas com uma borda de bambu para testar sua força e auto-disciplina.
A tribo Sepik acreditam que os crocodilos criados pelos seres humanos, e as cicatrizes em sua escarificação representam marcas de dentes do crocodilo que "engoliu" o jovem durante a cerimônia.
Escarificação no Ocidente está crescendo em popularidade, como uma forma de os jovens a se destacar e ser "diferente".

Alongamento pescoço


Em algumas culturas Africano e Asiático um pescoço longo é visto como o ideal de beleza, e para atingir esse ideal que eles usam anéis de pescoço para esticar o pescoço.
Anéis de pescoço são uma série de espirais que são adicionados na gradativamente para esticar o pescoço, e colocar peso sobre os ombros para fazê-los deformar causando a ilusão de um longo pescoço.

Japonês Body Tattoos


Tatuagem tem uma história de 2000 anos. Originalmente, era usado como uma punição para os criminosos, para marcá-los para que eles pudessem ser identificados como criminosos e marginalizados da sociedade. No Japão, eles seriam cobertos estas marcas por fazer tatuagens de corpo inteiro para escondê-las.
Esse estilo de tatuagem se tornou realmente popular quando atingiu as cidades maiores, e também foi usado como uma revolução no sentido da leis estritas.

Ligue nariz - Piercings


Um dos piercings nariz mais bizarro são os que as mulheres têm na Tribe Apatani na Índia.Esta tribo é muito misteriosa, eles não têm história escrita e as tradições são passadas por via oral de geração em geração.
Uma de suas tradições é o grande nariz plugs as mulheres têm em ambas as narinas. Diz-se que porque as mulheres dessa tribo eram as mulheres mais bonitas entre as tribos Arunachal, que costumava ser raptado por tribos vizinhas. O plug nariz nasceu como uma forma de proteger as mulheres das outras tribos, tornando-os feios.
No entanto, este costume em breve estará acabado e esquecido, pois não tem sido praticada em qualquer pessoa nascida depois de 1970.

Placas lábiais


Placas lábiais são usados ​​por homens e mulheres em muitos países diferentes em todo o mundo, todos por razões diferentes.
Em alguns países as placas maiores lábiais estão desgastados pelos chefes de guerra melhor, em outros ela representa maturidade e um sinal de que uma menina se tornou uma mulher e está pronto para o casamento.

Maori Tattoo Rosto


A cabeça foi considerada a parte mais sagrada do corpo, e porque a tatuagem causou 'sangue a correr ", os artesãos tatuagem, ou" tohunga-ta-oko ".
Todos os Māori de alto escalão eram tatuados, e aqueles que ficaram sem tatuagens eram vistos como pessoas sem status social.
Tatuagens Maori  ainda são apenas aceitos por pessoas especiais, e as pessoas Maori pode ficar muito chateado quando as suas regras e tradições são ignoradas.

sábado, 20 de julho de 2013

AS CINZAS DE ÂNGELA ( ANGELA'S ASHES )


Sinopse: 

Em 1935, quando mais comum ver famílias irlandesas partindo para os Estados Unidos, uma empobrecida família decide por fazer o caminho inverso. Logo após a repentina morte de sua filha de apenas 7 anos de vida, Angela (Emily Watson) e seu marido desempregado e beberrão (Robert Carlyle) decidem se mudar de Nova York para Cork, na Irlanda, levando com eles seus quatro filhos. Os filhos pouco sabem do lugar para onde estão indo, apenas que lá conhecido como um lugar onde não há trabalho e as pessoas morrem de fome.

Título original: Angela's Ashes, 1999
Diretor: Alan Parker
Roteiro: Alan Parker, Laura Jones
Elenco: Emily Watson, Robert Carlyle, Joe Breen, Ciaran Owens, Michael Legge, Ronnie Masterson, Pauline McLynn, Liam Carney, Eanna MacLiam, Andrew Bennett, Shane Murray-Corcoran, Devon Murray, Peter Halpin, Aaron Geraghty, Sean Carney Daly, Oisin Carney Daly, Shane Smith,...
Produção: Alan Parker, David Brown, Scott Rudin
Música: John Williams
Fotografia: Michael Seresin
País: EUA / Irlanda
Ano: 1999
Gênero: Drama
Duração: 148 min
Estúdio: Dirty Hands Productions / Scott Rudin Productions / David Brown Productions

Classificação: 12 anos

Legendas: Português



terça-feira, 16 de julho de 2013

Nicolo Paganini: O violinista do inferno


Quando ele passava por uma cidade o caos se instalava. Não só pelos fãs, principalmente jovens histéricas desesperadamente apaixonadas, mas também pelos outros músicos, que acorriam de muito longe apenas para ouvi-lo, observando atentamente cada gesto de seus dedos sobre as cordas do instrumento. Era muito fácil reconhecê-los: durante o espetáculo, enquanto a multidão chorava e gritava em delírio, eles ficavam muito quietos, pálidos, com os olhos cravados no palco, a boca crispada, no desespero sem fim daqueles que sabem que nunca serão assim tão bons. Ninguém podia competir com ele, mas o pior era a atitude, inconveniente e desaforada. Tinha vindo de uma família muito pobre e acumulara uma enorme fortuna com seu talento: podia muito bem agir como quisesse, permitir-se todos os excessos. Em dois anos e meio, por exemplo, percorreu 40 cidades da Europa, que caíram aos seus pés.
Naturalmente, como todo gênio, tinha inúmeros inimigos e circulavam a seu respeito os boatos mais sinistros, boatos que ele nunca fez o menor esforço para desmentir. Acima de tudo, era completamente indiferente às opiniões da sociedade, que o adorava e temia ao mesmo tempo. Diziam que o seu talento muito acima do normal era fruto de um pacto com o Diabo, o que só fez aumentar o seu carisma. Diziam que as cordas com que tocava eram muito especiais, feitas das entranhas de seu mestre. Depois teria feito um outro jogo com as de uma amante que se matara especialmente para isso. No entanto, a lenda acrescenta que apenas uma pessoa que o amasse e que cedesse espontaneamente sua vida poderia tornar-se parte de seu instrumento. O certo é que ele produzia sons que ninguém tinha ouvido antes fora de um pesadelo.
Quem assistiu as suas apresentações, refere que, ao seu comando, a sala parecia encher-se de espectros, almas em tormento, uivando como a tempestade. Quando tocava podia-se ouvir o choro das crianças, o riso dos demônios, o grito arrepiante de um universo em agonia. Grupos religiosos protestavam quando ele chegava a uma cidade, acusando-o de ter pacto com o Diabo, mas ele apenas sorria e chegou a compor uma melodia perturbadora citando-o explicitamente. Seus trajes estranhos, seu comportamento silencioso e polido contrastando com a fúria no palco, onde se transformava em uma fera, com os olhos em chamas e um sorriso maligno, tudo contribuía para essa fama que o tornou uma lenda inesquecível.
Essa história aconteceu há quase duzentos anos atrás, principalmente entre 1828 a 1831, período máximo da glória de Nicolo Paganini, compositor e o maior violinista de todos os tempos. A lenda sobre o encordoamento tem origem no fato de que as tripas de carneiro que compunham as cordas do violino poderiam, de fato, ser substituídas por um jogo humano, ganhando assim uma sonoridade sobrenatural. A estranha personalidade de Paganini contribuiu bastante para aumentar as lendas. Diz-se que, a partir dos 30 anos, nunca mais ensaiou e que vivia cercado por uma nuvem vigilante de aprendizes, discípulos e mesmo adversários, sempre em busca dos segredos de sua técnica. Os relatos de seus espetáculos fariam empalidecer de inveja os Beatles ou qualquer grupo de rock até hoje, assemelhando-se mais a uma experiência próxima do êxtase coletivo ou do pavor absoluto. Choro convulsivo apenas rompia o silêncio absoluto quando ele queria e, quando queria o contrário, fazia corar as donzelas com acordes muito próximos da agonia do orgasmo e todos sentiam uma fúria incontrolável tomar conta de sua alma. Em quase todas as cidades em que se apresentava saía dos teatros carregado em triunfo pelas ruas, naturalmente até alguma casa mal-afamada na qual o ópio, o vinho e o haxixe pontuavam uma orgia incendiária e minuciosa.
Como podemos perceber desse relato que oscila entre o verídico e o lendário, os poderes da música provocam efeitos muitas vezes imprevisíveis, pelo fato de que os acordes ressoam no coração do ouvinte, tangendo uma corda sutil que afina os nossos estados da alma.
Uma melodia pode ser tranquila e comovente e ainda assim ser maligna, por predispor a um estado, por exemplo, de profundo desalento e melancolia. A banda Siouxsie and The Banshees, adepta do vodu haitiano, é uma ilustração muito clara desse princípio. Por outro lado, uma música erudita, de um autor clássico, também pode ter uma influência nefasta, ao trazer referenciais emocionais arcaicos, obsoletos, naturalmente quando a pessoa não se identifica com ela, ouvindo-a apenas por pedantismo ou mero hábito, porque lhe disseram que era isso o de que deveria gostar.
Acima de tudo, é preciso estar consciente de que, preferências à parte, cada um de nós tem uma freqüência vibratória emocional única, específica, e que muda a cada instante. Assim, o importante é utilizarmos a energia maravilhosa das harmonias musicais para expressarmos livremente as nossas emoções, seja ouvindo ou tocando algum instrumento. Não é por outra razão que a música sempre faz parte dos rituais religiosos, seja em forma de canto, percussão ou outras. Nas igrejas Gospel, por exemplo, muitas pessoas sem fé ou de outra fé vão aos cultos apenas para ouvir os corais, de poderosa musicalidade. Nas religiões afro, por outro lado, o ritmo febril dos tambores e atabaques tem derrubado mais de um cético e feito mais de um ateu cair em transe possuído por alguma divindade.

domingo, 14 de julho de 2013

Pink Floyd - Echoes / Live at Pompeii ( full )

Eyeball por Rafael Leão Dias




Quando Rafael Leão, proprietário do estúdio Dhar Shan Body Art, em Jundiaí, interior de São Paulo, publicou as fotos do primeiro globo ocular tatuado no Brasil, as opiniões ficaram divididas em meio à polêmica: o que faz um profissional ser considerado qualificado para efetuar o procedimento?

Conversando com o Rafael e depois de ler sua entrevista ao Frrrk Guys, posso afirmar que ele tem algo em comum com os outros profissionais que fazem a pigmentação dos olhos: ele estudou e pesquisou. Não foi uma decisão tomada a partir de uma foto e o processo não foi rápido. Segundo contou ao Frrrk Guys, há mais de um ano e meio Rafael se interessou pela técnica e começou a procurar informações sobre como se dá a aplicação. Da procura por luvas confeccionadas em nitrilo, para evitar irritações por contato, à leitura e observação de vídeos e de relatos, ele buscou se preparar com tudo o que havia disponível. Rafael também chama a atenção para o pigmento, que deve ser microprocessado e livre de impurezas que possam resultar em consequências indesejáveis. Para a manipulação do pigmento, ele teve ajuda de uma profissional formada em química e a própria manipulação é realizada em farmácia.

(trabalho por Rafael Leão)

Não há como negar que todos estão sujeitos a críticas variadas. Se um trabalho está exposto, ele vai sofrer críticas e a internet abre ainda mais as portas para que isso aconteça. Eu sou partidária de que, para criticar e falar mal, você deve fazer melhor – ou, no mínimo, saber como se pode fazer melhor. E, é claro, se quem critica é uma pessoa muito mais experiente, com mais anos de prática e de atividade no ramo, a opinião dela não pode ser deixada de lado. Ao mesmo tempo, ao falar, essa pessoa não deveria se esquecer – ou ignorar – como começou a exercer a modificação profissionalmente.
Voltando à questão da experimentalidade da técnica do eyeball tattooing – e de qualquer outra técnica, pois considero que todas estão em constante desenvolvimento, mesmo as que parecem solidamente estabelecidas –, todos os profissionais que foram citados até agora chegaram ao ponto em que estão por meio do experimento. Grandes nomes da modificação corporal no mundo todo só aprenderam porque puderam praticar aquilo que haviam estudado. Às vezes, praticavam em si mesmos! E que atire o primeiro catéter o body piercer que nunca tentou se furar ou que ficou inseguro na hora de colocar o primeiro piercing sem supervisão! Foi assim que a arte no corpo se desenvolveu e foi por meio de situações parecidas que até a medicina evoluiu – procure, no Google, por “lobotomia”, por exemplo.

(trabalho por Rafael Leão)

A confiança de uma pessoa próxima que aceite “doar” seu corpo para que a prática ocorra é também crucial. Inspirado pelo trabalho de Luna Cobra, Jefferson Silva foi quem confiou seus olhos a Rafael para que a primeira aplicação brasileira fosse realizada. Cientes dos riscos, Rafael e Jefferson decidiram fazer, inicialmente, apenas um olho, para observar as reações e o resultado.
Rafael confirma que o procedimento não é fácil; pelo contrário, a falta de domínio natural sobre as córneas faz com que os olhos se movam involuntariamente, exigindo extremo cuidado por parte do aplicador. Em relação ao pós-procedimento, Jefferson disse ao site Frrrk Guys que teve uma sensação de desconforto e de maior pressão no olho. Passados alguns meses, os olhos dele parecem estar indo bem, assim como os das outras pessoas que tiveram a aplicação realizada por Rafael.
Algo que também já falei antes (desculpem-me pela repetição, acho que certas coisas devem ser reforçadas sempre que possível) é que, até o momento, todas as pessoas que decidiram ter a cor do “branco” de seus olhos modificada são indivíduos já adeptos da modificação, que já têm a body art completamente inserida em suas vidas. Mudar a cor dos olhos é, portanto, só uma parte do processo de construção de seus corpos.
Atualmente, no Brasil, apenas Rafael Leão realiza o eyeball tattooing. Elefaz questão de enfatizar que “não é para qualquer um”, afinal, além de todos os riscos já descritos aqui, a mudança é radical e permanente. Se ele qualificados ou não para o procedimento, a decisão parte de cada um. O importante é estar ciente dos riscos que envolvem a pigmentação do globo ocular e de que essa é uma técnica que ainda precisa ser muito desenvolvida!

Tatuagem nos olhos e a medicina

A tatuagem do globo ocular, como vimos, não é propriamente uma tatuagem. É uma injeção de pigmento para modificar a cor do chamado “branco dos olhos”. Ainda assim, existe algo que podemos chamar de tatuagem nos olhos e que é um processo mais parecido com o da tatuagem propriamente dita: a tatuagem feita na córnea.
Em inglês, ela é chamada de “corneal tattooing” e, obviamente, é realizada na região da córnea, que cobre a íris (veja a figura abaixo). É nessa região que mais comumente ocorrem lacerações e feridas por contato que podem deixar cicatrizes, estas aparecendo como uma leve descoloração por cima da íris.


A função da tatuagem na córnea é puramente estética, para encobrir lesões, calcificações ou partes removidas. São casos em que o espaço no qual a tinta é aplicada não tem mais sua funcionalidade total, ou seja, o olho tatuado é parcialmente ou completamente cego. A primeira descrição da tatuagem da córnea, pasmem, data de 150 a.C.! Alguns fisicistas desenvolveram a prática por meio da cauterização, que tornava a área afetada mais escura, portanto, “disfarçando” o defeito. Desde então, foram realizadas muitas pesquisas diversas, sugerindo diferentes métodos, mas, ao que parece, a maioria não gerou resultados satisfatórios.
Uma oftalmologista sul-africana, Dra. Jeanette Carlisle, no entanto, decidiu pedir conselhos a um tatuador depois de tentativas frustradas de cobrir o olho acinzentado de um paciente. Médica e tatuador treinaram, durante meses, em olhos de porcos, a fim de estabelecer a melhor técnica para se fixar a tinta no olho com uma máquina de tatuagem tradicional. Eventualmente, a médica conseguiu a permissão de um hospital para efetuar o procedimento num olho humano e, surpreendentemente, em aproximadamente cinco minutos, o olho do paciente foi satisfatoriamente corrigido.
A Dra. Carlisle é assertiva quanto à prática: é possível tatuar o branco do olho também, mas ela jamais tatuaria nem a córnea nem a esclera de um olho funcional, pois não valeria correr o risco de infecção e futura cegueira.


Para os que tiveram os olhos afetados ou lesados de alguma forma e desejam “corrigi-los”, para que tenham uma aparência normal, o procedimento é oferecido por técnicos em estética, que usam máquinas de tatuagem ou de micropigmentação (“maquiagem definitiva”) e os resultados costumam ser bem sucedidos.

RATTO 

Rafael por sinal é sem dúvida o mais prolífico tatuador globo ocular no Brasil, se não na América do Sul como um todo, e tem feito algumas pessoas interessantes e bem conhecidos microstars de modificação do corpo - por exemplo, Rodrigo Musquito (primeira linha de fotos abaixo, com a tatuagem de caveira full-face), pro lutador de MMA Danver Santos (segunda linha de fotos abaixo), e mega-modded-casal Victor Peralta e Ana Diabolick (que você pode perceber acompanhamento Danver na foto final). Danver luta com o Team Nogueira, sob pesado Minotauro Nogueira, e quando eu conversei com ele sobre as tatuagens olho cerca de um mês atrás, ele me disse que suas tatuagens globo ocular negros estavam dirigindo multidões completamente louca e tinha fãs clamando por fotos! Eles olhar surpreendente, mas a minha única preocupação é que as tatuagens olho pode ser danificado pela pressão e eu não tenho certeza de tatuagens oculares são totalmente compatíveis com o MMA - o tempo dirá.
Jefferson, 22 anos, nos contou que decidiu fazer os seus olhos há um mês, após ver os trabalhos de Luna Cobra. Disse que não teve receio algum sobre os riscos, mesmo sabendo que seria o primeiro procedimento de Rafael. Ambos decidiram por fazer apenas um olho pra ver qual será o resultado e depois preencher os dois.
Questionamos sobre a questão da dor no procedimento e pós, Jefferson nos disse que a sensação é de muita pressão no olho e que ainda agora sente um desconforto.


Rafael Leão, 31 anos, nos contou que tem contato com o body piercing desde 1998. Segundo ele passou a atuar profissionalmente como body piercer em 2007, momento que abriu sua loja, a Dhar-Shan, na cidade de Jundiaí, interior de São Paulo. Desde então, Leão diz que começou a estudar sobre body mods e em 2009 fez sua primeira escarificação e sobre os passos seguintes nas bodys mods acrescentou:
“Foram surgindo as oportunidades de fazê-las e busquei os materiais e ferramentas adequadas para os procedimentos. Recentemente tive o prazer de trabalhar com jóias de implante do Steve Haworth.”
Quando o assunto foi exclusivamente a tatuagem no globo ocular, o profissional nos respondeu:
“O interesse pela técnica de pigmentação ocular já tem 1 ano e meio e foi quando comecei a procurar informações sobre o processo de aplicação, ferramentas e materiais usados. A primeira coisa que tive certeza foi que não deveria usar luvas de látex. Fiquei no espelho analisando meu globo ocular usando luvas de procedimento e elas irritavam muito. Troquei pelas de nitrilo e esse problema se ausentou. Comecei a pesquisar a aplicação olhando vídeos de XRoniX e Luna e outros artigos no BME sobre cicatrização, entre outros problemas futuros. Observei os pontos usados e comecei a me preparar sobre o pigmento. Consegui um pigmento atóxico e livre de impurezas.
O procedimento em si e bem complicado de se fazer pois as pessoas não têm total domínio sobre suas córneas, é automático move-las ao menor contato e até mesmo um cisco já irrita o bastante. Tenho muita confiança no piercer Rodolfo, meu auxiliar aqui no estúdio. Com essa confiança no Rodolfo, nos materiais e insumos de qualidade me preparei para fazer. Mas a confiança maior partiu do Jeff, pois ele já estava a meses querendo fazer. Me dizia que sonhava e se via de olhos negros no espelho.” (sic)


Ficamos curiosos em saber de Leão se já teria outras cores de pigmentos e ele nos contou que já tem e que em breve irá fazer o procedimento em uma outra cor, dessa vez em uma garota.


RAFAEL LEÃO E RODRIGO ( MOSQUITO )


DANVER SANTOS 


JEFFERSON SAIINT - O primeiro a ser tatuado por Rafael Leão

MARY JO 

PEP TREZE 



CAIQUE LÉON 

WIDSON SANTOS 


ANA DIABOLIK 

KARINE GUIMARÃES 



GUILHERME TROIANO

sábado, 13 de julho de 2013

Dr. Masaichi Fukushi


Dr. Masaichi Fukushi foi um médico patologista nascido em 1878 que, devido a seu estudo a respeito de sinais (como verrugas e manchas) na pele humana, em 1907, acabou se interessando pela tatuagem ao descobrir que era possível comparar com mais facilidade o movimento do pigmento dos sinais por meio do estudo do movimento do pigmento aplicado em peles tatuadas. Ele descobriu ainda que a pele penetrada por agulhas evitava a recorrência da sífilis em peles recentemente tatuadas – o que aumentou ainda mais seu interesse pela arte da tatuagem.
Em 1920, o Dr. Fukushi aceitou um cargo no Mitsui Memorial Hospital, no centro de Tóquio, onde teve contato com diversas pessoas tatuadas nos moldes japoneses tradicionais. O hospital Mitsui era uma instituição de caridade que atendia as classes mais baixas e, à medida em que os tatuados faleciam, por doença ou velhice, Fukushi realizava as autópsias e preservava suas peles. Após ter passado um tempo na Alemanha, o médico retornou ao Japão, indo trabalhar na Nippon Medical University, na qual continuou a pesquisar sobre pigmentos na pele e o crescimento congênito de sinais e verrugas, voltando, então, a estudar peles tatuadas.
Na universidade, ele desenvolveu um método de tratamento e preservação especificamente da camada dermal que continha a tatuagem, podendo esticá-las e colocá-las em molduras sobrepostas com vidros, possibilitando que pesquisas médicas posteriores também pudessem ser feitas.
O projeto de Fukushi teve total cooperação dos tatuados, com quem mantinha boas relações e dividia o pesar de que trabalhos feitos tão meticulosamente fossem perdidos com a morte de quem os carregava. O médico até chegou a ajudar financeiramente aqueles que não tinham condições de terminarem suas tatuagens, pagando para completarem seus fechamentos! Em troca, ele tinha o direito de obter a pele do indivíduo depois que morresse – uma cobrança irrisória, já que muitos tatuados estavam dispostos a doar suas peles de bom grado e fariam qualquer coisa para não ter de lidar com a desgraça e humilhação de viver com uma tatuagem incompleta! Com sua atitude, Fukushi se tornou extremamente respeitado e admirado entre os grandes mestres japoneses da tatuagem, sendo convidado, inclusive, para ser jurado em convenções.

Observa- se que a pele que o Médico segura, e de um dos homens sentado, na foto acima.

Nos anos de 1927 e 1928, Masaichi Fukushi dedicou-se à divulgação de seu trabalho pelo ocidente, oferecendo cursos e palestras sobre pigmentação, bem como sobre a história e o processo da tatuagem japonesa. Durante suas viagens, um caso desafortunado aconteceu em 1928, na cidade de Chicago, nos EUA: um dos caminhões contendo quadros de peles tatuadas pertencentes ao médico foi roubado e nunca mais visto novamente, apesar de se ter oferecido uma generosa recompensa para quem devolvesse os artefatos levados.
Ao longo de sua vida, o doutor catalogou mais de 2 mil desenhos, juntamente com informações detalhadas sobre os “donos” das tatuagens e suas peles, além de ter colecionado mais de 3 mil fotos. Infelizmente, a maior parte de suas documentações foi destruída em 1945, durante o bombardeio de Tóquio na Segunda Guerra Mundial, que deixou os prédios da universidade em ruínas. Contudo, os espécimes de pele estavam guardados em outro lugar, permanecendo intactos.
Nos anos 1940 e 1950, as pesquisas de Fukushi e a tatuagem japonesa chegaram até a aparecer em artigos de revistas e jornais, incluindo duas edições da revista americana Life, uma de 11 de março de 1946 e outra de 3 de abril de 1950!
A custódia da coleção de peles tatuadas do médico passou para as mãos de seu filho, Katsunari Fukushi, que, tendo visitado vários estúdios com seu pai quando era apenas um garoto, acabou por seguir seus passos, tornando-se um patologista que se dedicou a estudar o câncer e um amante da arte da tatuagem japonesa. Ele chegou também a preservar e guardar peles tatuadas, adicionando mais de vinte exemplares à coleção. Curiosamente, pai e filho não chegaram a fazer tatuagens em si.
Katsunari escreveu e publicou diversos artigos sobre o tema, além de capítulos para os livros “Japanese Tattooing Colour Illustrated” (1972) e “Horiyoshi’s World”(1983), nos quais descreve o trabalho de seu pai e sua paixão pela arte na pele. Também na publicação “Tattoo Time Vol. 4 – Life & Death Tattoos” (número 1, 1987), produzido e editado por Don Ed Hardy, há um excelente artigo de Katsunari intitulado “Remains to be seen” (numa tradução literal, “Restos/Relíquias para serem vistos/as”).
Acredita-se que a Universidade de Tóquio tem 105 quadros contendo as peles tatuadas, sendo boa parte deles fechamentos de corpo inteiro! O departamento médico da universidade não é aberto ao público, mas eventualmente são permitidos agendamentos, de médicos e pesquisadores, para visitar a exposição.



orgyofterror:

malformalady:

Tattooed human skin, part of a medical oddity collection held at The Medical Pathology Museum of Tokyo University in Japan. Dr. Masaichi Fukushi was a pathologist, interested in the art of Japanese tattooing. Fukushi would perform autopsies on donated cadavers and remove just the skin. He created methods of treatment to preserve the skin and kept them stretched in a glass frame, essentially like a leather. The Medical Pathology Museum at Tokyo University has 105 in its collection, many with full body suits.

awesomeness