sábado, 18 de março de 2017
quarta-feira, 15 de março de 2017
terça-feira, 14 de março de 2017
IGREJA DE SÃO JORGE- REPUBLICA TCHECA
Os fantasmas de Luková: a criação do tcheco Jakub Hadrava transformou a Igreja de São Jorge numa obra de arte e numa atração turística
Mas ao mesmo tempo em que confunde na hora de indicar onde fica a Luková deste post, o Google sabe muito bem por que as pessoas querem ir ao vilarejo: pela Igreja de São Jorge, famosa graças a estas figuras fantasmagóricas aqui embaixo.
São 32 esculturas ocas, feitas apenas com tecidos e gesso, todas em poses diferentes, posicionadas como se fossem pessoas em uma missa.
A primeira reação de muitos para quem mostrei estas imagens foi de medo. “Credo!” deve ter sido a expressão mais dita. Mas as fotos deixam as coisas mais assustadoras do que realmente são.
Ao vivo, o cenário geral é lindo e de muita paz.A expressão corporal, os detalhes das curvas e as dobras suaves dos tecidos são impressionantemente realistas e fazem você não acreditar que tudo aquilo é rígido e vazio. Pelo contrário: dá para jurar que aquele casal abraçado, aquela mãe com um bebê no colo, aquele fiel rezando ajoelhado e todos os outros estão realmente ali, na sua frente, naquela cerimônia eterna, em uma igreja abandonada e caindo aos pedaços, cercada de túmulos – verdadeiros – numa cidadezinha praticamente fantasma e completamente imersa em silêncio.
O mérito da obra e da consequente fama atual de Luková é do artista tcheco Jakub Hadrava.
Tudo começou em 2012, quando um professor da faculdade de artes que Jakub cursava pediu que os alunos saíssem pela região procurando igrejas em mau estado, onde pudessem fazer instalações artísticas e levantar dinheiro para suas reformas.
Na busca por uma igrejinha, Jakub chegou em Luková, a quase 120 km de Praga.
Vista geral de Luková
Era o palco perfeito para o seu espetáculo e, com a ajuda de colegas, Jakub começou a criar as esculturas.
A Igreja de São Jorge, em Luková
A primeira foi feita dentro da igreja mesmo, mas as outras foram na faculdade, para onde Jakub levou uma cópia dos bancos da capela. Em todas elas, o processo era igual: proteger o modelo com uma capa de chuva, acertar a posição no banco, cobrir com um tecido encharcado de gesso e esperar até secar.
O principal objetivo não-financeiro da instalação – que tem o nome de My Mind – faz mais sentido na República Tcheca, um dos países menos religiosos do mundo. Em um resumo bem resumido, Jakub quer fazer com que os visitantes lembrem de um tempo em que a féera uma parte natural da vida cotidiana e percebam que hoje as igrejas estão vazias e, muitas vezes, abandonadas, exatamente como está a mente das pessoas.
Aviso na porta da igreja: entre por sua conta e risco
Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo
As Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo são criptas subterrâneas localizadas na cidade de Palermo, Sícilia, no sul da Itália. Atualmente, as catacumbas servem como atração turística, mas nos revela muito sobre o passado da época.
No Século XVI o cemitério do Monastério Capuchinho de Palermo esgotou sua capacidade de abrigar mortos, então, os monges começaram a escavar as tão famosas criptas subterrâneas.
Através de técnicas de mumificação e embalsamamento, os monges conseguiram conservar os corpos dos falecidos sem a necessidade de lacrá-los em uma tumba. Graças à essas técnicas, clima favorável e quem sabe um pouco de sorte, os monges capuchinhos desenvolveram a tumba perfeita. Até mesmo as roupas dos cadáveres estão preservadas!
As catacumbas foram originalmente criadas para guardar o corpo dos frades, mas graças à sua popularidade crescente, nos séculos seguintes tornou-se símbolo de status ter seu lugar nas catacumbas dos capuchinhos.
As pessoas escolhiam até mesmo a roupa em que gostariam de ser embalsamadas e se gostariam que a família as mudassem de tempos em tempos. Os familiares dos mortos vinham rezar em seus nomes e, se necessário, deixar o corpo mais apresentável ao "público".
O lugar era mantido através de doações feitas pelas famílias dos falecidos. Enquanto o corpo estivesse lá dentro, a família deveria contribuir, e caso não o fizesse, o corpo era tirado de evidência e deixado de lado até que a contribuição fosse feita de novo.
Os enterros nas catacumbas foram oficialmente encerrados no ano de 1880, mas existiram funerais até a década de 1920.
Talvez a imagem mais relacionada às criptas seja a menina Rosalia Lombardo, que morreu de pneumonia aos 2 anos de idade. Rosalia foi uma das últimas pessoas a ser "enterrada" (?!) nas catacumbas. Seus pais contrataram o melhor embalsamador da Sicília, Alfredo Salafia, para fazer o trabalho.
O trabalho foi tão bem feito que quando descobriram o cadáver de Rosalia, confundiram com uma boneca de porcelana. Até mesmo seus orgãos internos estão bem preservados. Fica difícil imaginar que a criança por trás do vidro tenha mais de 90 anos. Graças a isso, Rosalia levou o apelido de "A Bela Adormecida".
As catacumbas foram carinhosamente apelidadas de "Museu da Morte".
Imagens:
quinta-feira, 2 de março de 2017
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