Nome Científico: Koelreuteria paniculata
Sinonímia: Sapindus chinensis, Koelreuteria elegans
Nomes Populares: Coreutéria, Coelreutéria, Árvore-da-chuva-dourada, Quereutéria, Saboeiro
Família: Sapindaceae
Categoria: Árvores, Árvores Ornamentais
Clima: Continental, Mediterrâneo, Subtropical,Temperado, Tropical
Origem: Ásia, China, Coréia do Norte, Coréia do Sul,Japão
Altura: 6.0 a 9.0 metros, 9.0 a 12 metros, acima de 12 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene
A coreutéria é uma árvore decídua e ornamental, originária da China, Japão e Coréia. Seu porte é considerado pequeno a média, atingindo de 6 a 17 metros de altura e cerca de 6 metros de diâmetro de copa. A copa é ampla, com forma de cúpula ou arredondada, de acordo com a variedade. A casca do tronco é marrom-acinzentada, e torna-se enrugado e sulcado com a idade. As folhas são pinadas ou binipinadas, com folíolos elípticos, acuminados, de margens serrilhadas. Elas inicialmente são verdes, mas adquirem a cor amarela, no outono, antes de cair. A floração ocorre no verão e outono, despontando longas inflorescências do tipo panícula, carregadas de pequenas flores hermafroditas, tetrâmeras e amarelas. Os frutos que se seguem são cápsulas papiráceas, alongadas, infladas e verdes, que gradativamente adquirem uma cor rosada a marrom, de acordo com a maturação, e contém numerosas sementes esféricas, pequenas e negras. Os frutos persistem por longo período na árvore, e são muito ornamentais.
A coreutéria é uma excelente escolha para o uso paisagístico, principalmente na arborização urbana. Além do seu efeito decorativo, tanto na floração como na frutificação, ela é rústica, tolera a poluição urbana e tem rápido crescimento. Como seu porte não é avantajado, pode ser largamente aproveitada em jardins residenciais. As raízes também não são agressivas, o que a torna uma boa escolha em locais pavimentados, como calçadas, estacionamentos e canteiros centrais. É interessante utilizá-la tanto isolada, como em grupos ou renques, formando belas alamedas. Foram selecionadas diferentes cultivares para uso em jardins. Algumas tem o florescimento adiado, como a “September Gold”, outras tem uma copa mais alongada, como a “Fastigiata”. Curiosidade: As sementes tostadas são comestíveis, porém não é comum o seu consumo.
Deve ser cultivada sob sol pleno, adaptando-se a diferentes tipos de solo, mas preferindo os mais drenáveis e bem irrigados. Apesar de ser originária de clima temperado, é resistente ao calor subtropical. Tolera ventos fortes, mas não tolera a salinidade de regiões litorâneas. Multiplica-se por sementes, e mais raramente por estaquia de raízes. As sementes devem ter a dormência quebrada em água quente e germinam em cerca de 30 dias.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata )
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata )
NOME CIENTÍFICO: Koelreuteria bipinnata.
NOME POPULAR: Árvore-da-china, árvore-camarão.
FAMÍLIA: Sapindaceae.
CICLO DE VIDA: Perene.
ORIGEM: China.
PORTE: De 10 a 15 metros de altura.
FOLHAS: São compostas, bipinadas, de coloração verde, com folíolos de formato ovalado. É uma espécie caducifólia, ou seja, perde todas suas folhas no inverno.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Folha composta
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe do folíolo: página (face) superior
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe do folíolo: página (face) inferior
FLORES: Começam a despontar no final do verão / começo do outono, são pequenas, de coloração amarela, com quatro pétalas, produzidas em grandes panículas ramificadas, despontam nas extremidades dos ramos, tem fragrância agradável e são hermafroditas.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Floradas e frutos
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe da flor e fruto
Nota: Como aparecem de forma simultânea flores e frutos, dá impressão que a arvore produz flores de amarelas e vermelhas.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Flores e frutos simultâneos
FRUTOS: São cápsulas de três lóbulos inflados, com 3 a 6 cm de comprimento, de coloração avermelhada.
TRONCO: De coloração cinza, ereto e copa esférica e aberta.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe do tronco
LUMINOSIDADE: Sol pleno.
ÁGUA: Quando jovem manter o solo ligeiramente úmido, sem encharcar, regando 2 vezes por semana. Após adulta, só regar no caso de estiagens muito prolongadas.
CLIMA: Prefere clima temperado e subtropical.
PODA: Não necessária, realizar apenas poda de condução, retirando brotações laterais, galhos secos e mal formados.
CULTIVO: Não é muito exigente em relação ao solo, mas prefere os ricos em matéria orgânica e que tenham boa drenagem.
FERTILIZAÇÃO: Por ocasião do plantio, para uma cova de 40x40 cm, misture bem na terra retirada cerca de 20 a 30 litros de esterco de gado bem curtido, composto orgânico ou 10 colheres de sopa de NPK, fórmula 10-10-10.
UTILIZAÇÃO: Uma maravilhosa árvore de pequeno porte, bastante ornamental, pode ser utilizada na arborização urbana, parques, praças e jardins.
PROPAGAÇÃO: Através de sementes, que germinam em menos de 1 mês.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe das sementes
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Taxa de germinação é alta
PLANTA MEDICINAL: Tem propriedades medicinais.
PREÇO: Pode ser encontrada a venda por cerca de R$ 8,00.
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Quando secam é hora de colher as sementes
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Detalhe das sementes
ÁRVORE-DA-CHINA - ( Koelreuteria bipinnata ) - Germinam em menos de 1 mês
CURIOSIDADE:
HANS-JOACHIM KOELLREUTTER, cidadão carioca, nascido na Alemanha, doutor honoris causa das Universidades Federais da Bahia e do Ceará, professor, compositor e esteta, Koellreutter também é nome de uma árvore - Koelreuteria paniculata - e guarda, ainda pelo nome, proximidade com um peixe e com uma pequena cidade da fronteira entre "Suíça e Áustria... ou Alemanha e Áustria... . não me lembro bem agora..." Dentre os descendentes suíços e alemães daquela cidade, os músicos eram principalmente conhecidos entre os suíços: "acho que trocaram o neném", brinca Koellreutter.
O encontro com a árvore foi um acaso. Num consultório de odontológico, quando morava no Japão, viu pela primeira vez a Koelreuteria paniculata. Da Basiléia, onde também soube da existência da árvore, trouxe mudas que hoje crescem no Rio de Janeiro e em Tiradentes (Minas Gerais)
Hans-Joachim Koellreuter (Freiburg, 2 de setembro de 1915 – São Paulo, 13 de setembro de 2005) foi um compositor,professor e musicólogo brasileiro de origem alemã. Mudou-se para o Brasil em 1937 e tornou-se um dos nomes mais influentes na vida musical no país.
Biografia
Koellreuter fez um curso de extensão com Paul Hindemith e foi fortemente influenciado pelo regente Hermann Scherchen, que o levou à música moderna.Ainda jovem, já era conhecido e respeitado na Alemanha como flautista de concerto. Começava sua carreira de regente quando Adolf Hitler ascendeu ao poder. Ao ficar noivo de uma moça judia, desagradou sua família, que simpatizava com o nazismo e o denunciou à Gestapo. Exilou-se então no Brasil onde foi morar no Rio de Janeiro. Conheceu e ficou amigo de Heitor Villa-Lobos e Mário de Andrade. Em 1938 começou a ensinar música no Conservatório de Música do Rio de Janeiro.
Na década de 1940 ajudou a fundar a Orquestra Sinfônica Brasileira, onde foi primeiro flautista. Naturalizou-se brasileiro em1948. Participou da fundação da Escola Livre de Música de São Paulo em 1952 e fundou a Escola de Música da Universidade Federal da Bahia, em Salvador (1954) no âmbito do projeto revolucionário de universidade do reitor Edgard Santos. Com o final da Segunda Guerra Mundial, pôde voltar à Europa.
Ganhou o prêmio Ford em 1962. A convite do Instituto Goethe, trabalhou na Alemanha, Itália e Índia, onde viveu entre 1965 e 1969. Neste país fundou a Escola de Música de Nova Deli. Esteve ainda em Sri Lanka, no Japão, Uruguai e Coreia do Sul.
Retornou ao Brasil em 1975. Fixou-se desta vez em São Paulo. Foi diretor do Conservatório Dramático e Musical de Tatuí, emSão Paulo e professor visitante do Instituto de Estudos Avançados da USP. Em 1981 a cidade do Rio de Janeiro lhe ofereceu o título de cidadão carioca. Nos últimos anos de vida morou no centro da cidade de São Paulo, sofrendo do Mal de Alzheimer. Morreu no dia 13 de setembro de 2005 em consequência de uma pneumonia.
Seu acervo está preservado na Fundação Koellreutter, da Universidade Federal de São João del Rei , doado por sua esposa, a meio-soprano alemã Margarita Schack.