Considerado um dos maiores símbolos da Guerra Fria, o muro deixou de existir em 8 de novembro de 1989. A queda do muro de Berlim simbolizou o desmoronamento do comunismo na Europa Central e Oriental, que começou na Polônia e na Hungria. Confrontado com um êxodo maciço de sua população para o Ocidente, o Governo da Alemanha Oriental abriu as suas fronteiras. Foi a reunificação da Alemanha após mais de 40 anos de separação e a sua parte oriental integrada a CEE em Outubro de 1990.
Berlim, 13 de agosto de 1961. Em questão de horas, uma barreira passou a dividir os setores leste e oeste da cidade. Nascia o que ficou conhecido como Muro de Berlim. As tropas de Berlim oriental começaram a colocar os barreiras e arames farpados para cortar a ligação deles com o resto da Alemanha, as únicas saídas eram feitas através dos “checkpoints”. O regime chamava o muro de “Barreira protetora antifascista”, “trancando” seu povo do capitalismo.
Construir o muro de Berlin em 1961 fazia total sentido para o líder da Alemanha oriental Walter Ulbricht. A população do seu lado estava imigrando para o lado ocidental em grande escala, quase que tornando a Alemanha oriental um local vazio.
O fluxo de pessoas do leste de Berlim para o oeste era enorme, pois o oeste (ocidente) estava experimentando uma época de milagre econômico (em alemão – Wirtschaftswunder)
As raízes do muro apareceram no inicio da guerra fria, após a 2ª guerra mundial. Um dos motivos fora o esforço de Moscou em tirar os aliados ocidentais de Berlim ocidental, assim como de tirar os capitalistas, que falhou.
Em 1989 já havia já muita incerteza sobre o futuro da Alemanha Oriental. Nos meses anteriores, milhares de alemães orientais conseguiram atravessar para o lado Ocidental, da mesma forma como acontecia antes da construção do Muro de Berlim, e centenas de pessoas saíram às ruas em manifestações.
Apesar das agitações sociais, o governo da Alemanha Oriental permanecia impassível: em 7 de outubro de 1989 - menos de um mês antes da queda do muro, em 9 de novembro - autoridades festejaram a fundação do Estado da Alemanha Oriental. Mas o aparente descaso com a emergência de um movimento social não barrou as manifestações.
Em 30 de outubro de 1989, mais de 300 mil pessoas se reuniram em Leipzig. No dia 4 de novembro daquele mesmo ano, a multidão reunida em Berlim Oriental ultrapassou meio milhão de pessoas. Três dias depois, o governo do primeiro-ministro Willi Stoph renunciou ao cargo; em 8 de novembro, foi a vez de Erich Honecker (1912-1994), o chefe de Estado.
Especula-se que um mal-entendido provocou a queda do Muro de Berlim.
O Ministro das Comunicações da época, Günter Schabowski, que estava de férias quando houve a promulgação da lei, lê apressadamente uma nota, em uma coletiva de imprensa, que dizia que os alemães poderiam cruzar a fronteira entre as duas Alemanhas sem qualquer permissão. Questionado quando a lei começaria a ser válida, ele respondera que naquele mesmo dia a legislação tinha entrado em vigor.
Milhares de pessoas foram imediatamente aos postos de comando do muro, exigindo sua passagem, e o muro caiu.
O Conselho de Ministros ainda não tinha aprovado as novas diretrizes, e os soldados nos postos fronteiriços foram tomados totalmente de surpresa pela multidão, sem qualquer orientação de como proceder. Nesse dia, pela primeira vez em 28 anos, alemães de ambos os lados de Berlim se encontraram livremente.
Reação
O governo da Alemanha Ocidental reagiu, em um primeiro momento, de forma bastante reservada à queda do Muro de Berlim, mas pouco tempo depois, em 28 de novembro daquele ano, o chanceler Helmut Kohl [1982-98] apresentou ao Parlamento alemão um programa para reunificação dos dois países.
Com isso, os dois governos passaram a trabalhar na união econômica e política, para a constituição de um só Estado. Em 18 de maio de 1990, os Parlamentos dos dois países aprovaram o acordo que estendeu o sistema financeiro do Ocidente ao Oriente: o marco alemão ocidental era agora a moeda única para os dois países.
Em 12 de setembro de 1990, representantes dos dois Estados alemães, junto a líderes dos países vencedores da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) - EUA, União Soviética, França e Reino Unido - assinaram, em Moscou, um tratado que dava plena soberania ao novo Estado alemão, unificado.
Mas foi em 20 de setembro de 1990 que os dois Parlamentos aprovaram, finalmente, o tratado da reunificação dos dois Estados. Em 2 de dezembro, foram realizadas as primeiras eleições parlamentares da Alemanha unificada, que tiveram como vencedores os democrata-cristãos e liberais, com a eleição de Kohl para a Chancelaria alemã.
Mudanças
Em 1989, o mundo foi sacudido por uma série de revoluções que derrubaram os governos comunistas da Europa Oriental.
Em 9 de outubro, milhares de manifestantes da Alemanha Oriental se dirigiram aos postos de controle do Muro, exigindo que fossem autorizados a passar. Os soldados ficaram quietos enquanto milhares de pessoas atravessavam a fronteira e pulavam o Muro.
Em busca de lembranças
Logo o Muro começou a ser demolido, e milhares de pessoas correram para agarrar pedaços dele para guardar de lembrança.
A foto ao lado foi tirada em 8 de dezembro de 1989.
Festa
No Portal de Brandemburgo, um dos mais conhecidos pontos de Berlim, milhares de pessoas se reuniram para comemorar as mudanças.
Esta foto é de 22 de dezembro de 1989.
Longo trabalho
A demolição do muro continuou por muitos meses, e até hoje há partes dele que permanecem de pé.
Esta parte do muro só foi derrubada em 13 de junho de 1990.
Comércio
Também muitas pessoas continuaram tentando lucrar com a queda do muro muito depois de sua "queda", em 1989.
Esta mulher vendia pedaços do muro para turistas em 20 de junho de 1990.
Unidos pela história
Em 8 de novembro de 1999, os líderes dos Estados Unidos, da União Soviética e da Alemanha Ocidental na época da queda do muro se reuniram em Berlim para lembrar os dez anos do ocorrido.
Na foto ao lado, da esquerda para a direita, estão o ex-primeiro-ministro alemão Helmut Kohl, o ex-presidente americano George Bush, o prefeito de Berlim, Eberhard Biepgen, e o ex-presidente soviético Mikhail Gorbachev.
Memória aos mortos
Cruzes - 1.065 no total - formam sombras em uma réplica do Muro de Berlim construída na cidade para a comemoração dos 15 anos da queda.
As cruzes representam aqueles que morreram ao tentar escapar da Alemanha Oriental.
15 anos
O presidente do Partido Social Democrata alemão, Franz Muentefering, o prefeito de Berlim, Klaus Wowereit, e a presidente do Partido Democrata Cristão, Angela Merkel, colocam flores comemorativas em Berlim, durante celebração dos 15 anos da queda do Muro.
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