L7 foi uma banda estadunidense de rock formada em 1985 por Donita Sparks e Suzi Gardner em Los Angeles. Posteriomente se juntaram ao grupo Jennifer Finch e Dee Plakas. A banda aparentemente se desfez em 2000, mas seu fim não foi declarado oficialmente..
O nome (L7) deriva de uma gíria nos Estados Unidos para "quadrado" (que seria a forma resultante de se colocar um "L" formado pelo dedo indicador e polegar esquerdos com um "7" formado pelos dedos polegar e indicadores direitos).A idéia de formar o L7 surgiu em 1985 quando Suzi Gardner conheceu Donita Sparks em Los Angeles. Na verdade, nenhuma das duas era de Los Angeles, Suzi morava em Sacramento enquanto que Donita era de Chicago. Em 1986, depois de muito ensaio, a idéia da banda ficou mais séria quando Jennifer Finch (que morava em San Francisco e tocava no Sugar Baby Doll, com Courtney Love, do Hole e Kat Bjelland, das Babes in Toyland) se tornou a baixista do recém formado L7. A partir daí a banda passa a fazer vários concertos em clubes da cidade, com Suzi e Donita nos vocais e guitarras, Jennifer no baixo e o baterista Roy Koutsky completando a formação.
BIOGRAFIA :
O L7 é uma das poucas bandas formadas somente por mulheres que conseguiram o respeito no meio do Rock. É o tipo de banda que tem um enorme carisma e não possui uma líder ou “frontwoman”. Por ser feminista atuante, a banda já participou de vários projetos nessa área e suas letras e atitude com certeza mostram isso. Sob a influência de bandas como Black Sabbath, Joan Jett, Slayer e Motörhead, o L7 mostra a que veio com guitarras distorcidas e letras contestadoras.
O nome escolhido, L7, vem de uma gíria local que significa "careta", "quadrado", já que o L e o 7 juntos formam um quadrado (L7). O primeiro álbum, auto-intitulado "L7", é lançado em 88 e conta com a produção de Brett Guretwitz da banda Bad Religion e então dono do selo Epitaph Records (Offspring, Agnostic Front), que também já produziu bandas como Rancid, Pennywise e o álbum tributo a Alice Cooper.
No mesmo ano, Demetra (Dee) Plakas entra na batera da banda no lugar que era de Roy e o L7 se torna uma banda totalmente formada por mulheres. A partir daí e durante os dois anos seguintes, elas se dedicam a fazer pequenos shows em bares de Hollywood, significando mais um passo para a banda.
Gravam, ainda em 88, participação com a música "Shove" na compilação "Grunge Years: Sub Pop Compilation", que também contou com a participação de Nirvana, Mudhoney e Babes in Toyland.
Em 91 é lançado o segundo álbum, "Smell the Magic", pela gravadora Sub Pop Records (Nirvana e Soundgarden), e a banda inicia a tour com o Nirvana, que chama a atenção da gravadora Slash Records (Faith no More), com a qual assina contrato para o próximo trabalho.
Com a nova gravadora, lançam em 92 o terceiro álbum, "Bricks are Heavy", contando com a co-produção de Butch Vig, que já trabalhou com o próprio Nirvana e com o Sonic Youth. Esse álbum abriu inúmeras portas para a banda e trouxe o respeito por parte dos fãs de vários países. Ainda em 92, o L7 é convidado para abrir os shows da tour européia do Faith no More.
A banda também participa com a música "Let's Lynch the Landlord" no álbum "Virus 100: Dead Kennedy Covers", que inclui, entre outras, bandas como o próprio Faith no More, Napalm Death e o brasileiro Sepultura. Fazem também uma aparição em "Flashback" de Joan Jett, que passa de influência e ídolo a amiga e apoiadora da banda.
O quarto álbum da banda, "Hungry for Stick", é lançado em 94 e co-produzido por Garth Richardson, que já trabalhou com WASP, Alice Cooper e Mötley Crue. Esse disco traz uma homenagem da banda para Shirley Muldowney, que criou muita polêmica nas corridas de carro por ser uma piloto mulher. Ainda em 94, o L7 participa da trilha sonora do filme de John Water, "Serial Mom", com a música "Gas Chamber".
Em 95, as integrantes do L7 criam e organizam a fundação Rock for Choice, para defesa das liberdades civis e dos direitos da mulher, como a legalização do aborto. O festival Rock for Choice contou com shows beneficentes de bandas de peso e amigos pessoais do L7 como Nirvana, Joan Jett, Pearl Jam, Hole e Red Hot Chili Peppers. A banda também organizou o álbum "Spirit of'73: Rock for Choice", que foi um trabalho gravado ao vivo onde bandas femininas dos anos 90 fizeram covers de bandas femininas dos 70. O L7 aparece nesse trabalho com Joan Jett na música "Cherry Bomb". Hoje, a banda se concentra em outros projetos e não toma mais conta da fundação.
Em 98 a baixista Gail Greenwood, que havia saído da banda Belly formada em 92 em Boston, entra para a banda na vaga deixada por Jennifer e o L7 lança um álbum, no mínimo curioso, chamado "Live: Omaha to Osaka", que trazia 16 músicas tocadas ao vivo de shows em pequenos clubes de uma mini tour que fizeram desde Omaha até Osaka (Japão). O detalhe é que esse trabalho conta com a participação de uma banda marcial (tradicional no Japão) de garotas, interpretando músicas do L7.
Já em 99 o L7 realiza outro projeto, a gravadora Wax Tadpole Records. Sendo um plano antigo da banda, elas explicam que assim teriam mais controle sobre seu processo criativo e os resultados. Parceira do selo Bong Load, a banda estréia lançando o sétimo álbum, "Slap-Happy", pelo selo Bong Load e um documentário chamado "The Beauty Process" dirigido pelo baixista do extinto Nirvana, Chris Novoselic. No mesmo ano a Revista Rolling Stones elege “Bricks Are Heavy” como um dos 100 álbuns indispensáveis dos anos 90. A baixista Gail Greenwood sai e é substituída por Janis Tanaka, que já havia tocado nas bandas Stone Fox e no Auntie Christ.
Durante a tour européia e norte americana para divulgação do último álbum, a banda promove uma espécie de rifa onde o ganhador poderia passar uma noite com a baterista Dee Plakas. As imprensas norte-americana e inglesa reagiram com várias matérias contra. De volta aos EUA, Suzi Gardner é “homenageada” com uma réplica de seus seios feita pela famosa groupie Cynthia Plaster Caster, da música "Plaster Caster" do KISS, que tem réplicas dos pênis de Hendrix, entre outros.
Informações:
Gênero: Grunge/Punk Rock
Periodo de atividade: 1985-2000
Origem: EUA
Formação
Donita Sparks - vocal e guitarra (1985-2000)
Suzi Gardner - vocal e guitarra (1985-2000)
Jennifer Finch - vocal e baixo (1985-1998)
Dee Plakas - bateria e vocal de apoio (1988-2000)
Discografia:
L7 (1988)
Smell The Magic (1990)
Bricks Are Heavy (1992)
Hungry For Stink (1994)
Live: Omaha To Osaka (1998)
Slap Happy (1999)
The Best Of: The Slash Years (2000)
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