sexta-feira, 31 de janeiro de 2014
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Discografia The Cranberries
A história do Cranberries começou em 1990, na Irlanda, mas logo depois, o grupo Cranberries Saw Us, formado pelos amigos Noel Hogan (guitarra), Michael Hogan (baixo) e Fergal Patrick Lawler (bateria e percussão) ficou sem o vocalista Niall, que resolveu seguir outros rumos. Antes de sair da banda, porém, indicou uma amiga da namorada para ficar em seu lugar. Era Dolores ORiordan, que cantava desde os três anos de idade e estava à procura de uma oportunidade.
O grupo marcou um ensaio com ela para ver se gostavam do seu estilo. Dolores, uma adolescente que ainda freqüentava a escola, entrou com seu teclado e, pouco tempo depois, não havia dúvidas de que ela era a pessoa que faltava. A primeira música de sucesso da banda, Linger, composta por eles mesmos, que se tornou mais tarde o maior hit da carreira do grupo.
O primeiro show foi em setembro do mesmo ano. Logo no início, a parceria nas composições de Dolores e Noel aflorou. Elas entraram na primeira demo, com seis canções, que foram distribuídas para algumas gravadoras e selos. Em 1991, a Island Records se interessou pelo material e fechou um contrato que previa o lançamento de seis discos do grupo.
Com novo nome, Cranberries, a primeira atividade foi uma turnê britânica. Logo estavam nos Estados Unidos para a primeira apresentação do outro lado do Atlântico. Em outubro de 1991, o grupo lançou quatro músicas no disco Incertain.
O início do ano seguinte foi dedicado a achar um estúdio onde pudessem produzir o disco de estréia, mas não estavam conseguindo dar vida às primeiras músicas. Eles decidiram, então, procurar um novo produtor e chamaram Stephen Street, do The Smiths. O primeiro single a ficar pronto foi Dreams, que não passou pelas mãos de Stephen, recebeu elogios da crítica, mas não fez muito barulho entre os fãs.
Em 1993 saiu o segundo single, Linger, que repetiu o mesmo desempenho do anterior, chegou apenas à 74º posição britânica. Em março, o esperado disco de estréia chegava às lojas, Everyone Is Doing It, So Why Cant We?. O reconhecimento do público e da crítica chegou aos poucos, enquanto o grupo fazia turnês pela Europa e Estados Unidos. Um ano após o lançamento, o disco atingiu o topo da parada britânica e depois conquistou os norte-americanos.
A partir daí, tanto a crítica quanto o público, estavam à espera de um trabalho que fosse tão bom quanto o primeiro, mas os integrantes eram muito novos, tinham entre 16 e 18 anos e Stephen Street foi chamado novamente. Embalado pela música Zombie, o segundo disco No Need To Argue saiu em outubro de 1994 e foi um tremendo sucesso. O clipe da música ganhou o MTV Video Music Award, e o álbum vendeu três vezes mais que o primeiro. O grupo saiu em turnê mundial no final do ano.
O ano seguinte não podia ser diferente, foram capa da Rolling Stones e convidados a gravar o MTV Unplugged. Ocupados ainda com a turnê, que terminou em setembro de 1995, o grupo tirou algumas semanas de folga antes de pensar no próximo disco. A mudança ficou na produção, com a saída de Stephen e a entrada de Bruce Fairbairn, que havia trabalhado com Aerosmith e Bon Jovi e acrescentou um pouco de rock norte-americano ao estilo da banda.
As letras do To The Faithful Departed refletiam o que o grupo passava, o cansaço e a falta de tempo para a vida pessoal. Naquela altura, o álbum de estréia tinha vendido seis milhões de cópias, e o segundo, o dobro. Uma turnê com 100 shows marcados o aguardavam, quando em uma apresentação em maio de 1996, Dolores machucou o joelho e a primeira parte da turnê precisou ser cancelada.
Eles decidiram tirar folga o resto do ano. Afinal, eram seis anos direto na estrada ou nos estúdios. Cada um cuidou de sua vida pessoal, um deles abriu um restaurante, outros se casaram e Dolores engravidou no início de 1997. Os boatos de que a banda tinha acabado logo surgiram, mas naquele mesmo ano, o grupo voltou a se reunir e a compor novamente. Sem o mesmo ritmo alucinante de antes, o disco, Bury the Hatchet só ficou pronto no final de 1998.
A turnê aconteceu no ano seguinte, após dois anos longe dos palcos. A carreira do grupo voltou ao normal, mas tudo era feito sem pressa. Os integrantes estavam preocupados também em cuidar da família que estavam construindo e uma nova pausa foi necessária porque Dolores engravidou novamente. O quinto disco, Wake Up and Smell the Coffee, chegou em 2001.
Sem disco com canções inéditas previsto, o grupo lançou um especial em 2002, Stars - The Best of 1992 - 2002, onde foram reunidas 17 canções que marcaram o sucesso do grupo, mais três bônus, entre elas, duas inéditas. O disco foi produzido por Stephen Street, Bruce Faribairn e Benedeict Fenner.
The Lemonheads
O Lemonheads foi formado por Evan Dando (vocal, guitarra), Ben Deily (vocal, guitarra) e Jesse Peretz (baixo), todos colegas de segundo grau, em 1986. Evan Dando - que mais tarde se tornou o único remanescente da formação original, tocou bateria (além das guitarras, vocais e composições) no primeiro EP chamado “Laughing All The Way To The Cleaners” de 1986, financiado pela própria banda. O som era uma mistura de punk e pop, similar a bandas da época como Hüsker Dü e Replacements. Os garotos em seguida ingressaram na universidade, mas Dando logo estava fora, batalhando um contrato com a gravadora Taang!, selo independente de Boston. No ano seguinte, ele também tocou baixo para a banda Blake Babies, ao lado de Juliana Hatfield (que mais tarde tocaria no próprio Lemonheads e posteriormente embarcaria em carreira solo). O baterista do Blake Babies, John Strohm passou a tocar também no Lemonheads naquela época, mas acabou ficando por pouco tampo.
O Lemonheads levou o seu punk para a gravadora Taang!, onde gravou três álbuns, “Hate Your Friends” (1987), “Creator” (1988) e “Lick” (1989), lentamente fixando seu nome no circuito independente americano. Ao mesmo tempo em que a banda começava a chamar a atenção, Evan Dando passava a ser a figura principal do Lemonheads, tanto nas composições quanto nos vocais. Isso foi gerando uma rivalidade bastante enérgica com o outro vocalista/compositor Ben Deily. Como conseqüência, os álbuns foram se tornando bastante díspares nas composições, demonstrando que a banda já não trabalhava em conjunto. A rivalidade entre os dois líderes também rendeu histórias “pitorescas”. Na turnê do álbum “Lick”, durante as músicas com Deily nos vocais, Evan improvisava ‘Sweet Child O’Mine’ do Guns n’ Roses para desespero do restante da banda. Deily acabou saíndo em 1989, ameaçando entrar na justiça caso Evan tocasse uma nota de alguma canção sua.
Lick, O último álbum com Deily, já começava a mostrar uma certa mudança em som em favor de melodias mais suaves, sendo o exemplo maior a cover de ‘Luka’ de Suzane Vega. ‘Luka’, lançado como single, atingiu o topo das paradas das College Radios e despertou o interesse das grandes gravadoras. A banda acabou assinando com a Atlantic Records ainda em 1989 e no ano seguinte lançou “Lovey”, já sem Ben Deily. O disco era o mais diverso da carreira da banda até então, com baladas acústicas (Ride With Me), influências country (Brass Buttons, cover de Gram Parsons) e a energia punk de sempre (Year of the Cat, Stove, Ballarat). No entanto, o álbum acabou sendo mais elogiado pela crítica do que propriamente um sucesso de público e o Lemonheads deu uma parada na carreira, quando Evan Dando passou um tempo na Austrália. Nessa época, o baixista Jesse Peretz estava oficialmente fora da banda. Ele se tornou diretor, trabalhando em diversos videoclips, incluindo alguns do próprio Lemonheads e os premiadíssimos ‘Big Me’ e ‘Learn To Fly’ do Foo Fighters. Em 1997 ele dirigiu seu primeiro longa metragem, chamado “First Love, Last Rites”.
Lemonheads_pic3.gif (42603 bytes)Em 1992, Evan Dando reforma o Lemonheds com Juliana Hatfield no baixo e o australiano David Ryan na bateria para gravar o álbum “It’s A Shame About Ray”. Hatfield deixa a banda imediatamente após as gravações, entrando Nic Dalton em seu lugar. “It’s A Shame About Ray” é um disco calmo e despretensioso, com melodias e letras fáceis recheadas de violões. Muito disso é reflexo do tempo em que Evan passou na Austrália, quando escreveu em pareceria com Tom Morgan a maioria das músicas do álbum. ‘Mrs. Robinson’ cover do Lemonheads para o grande sucesso da dupla Simon & Garfunkel é lançado como single e conquista as paradas, levando “It’s A Shame About Ray” a alcançar 800.000 cópias vendidas nos Estados Unidos. Era o auge da popularidade do Lemonheads. A partir daí Evan Dando passou a ser figura fácil nas revistas e ganhou status de celebridade pop. Durante esse período, atuou no filme “Reality Bites” e participou da coletânea “Sweet Relief” (1993) em benefício de Victoria Williams.
O próximo disco da banda, “Come On Feel The Lemonheads” (1993) teve seu lançamento atrasado em função dos crescentes problemas pessoais de Evan em decorrência do abuso de drogas. O álbum foi um sucesso de crítica e público no Reino Unido, onde o single ‘Into Your Arms’ se tornou o maior hit do Lemonheads. Mas nos EUA o disco não teve o mesmo desempenho do seu antecessor, no auge do rock alternativo, Dando era acusado de superficial. Nessa época, o envolvimento de Dando com as drogas continuava a piorar e obrigou o Lemonheads a cancelar vários shows. O futuro da banda era incerto, ainda que Dando tivesse melhorado no fim do ano e feito uma turnê solo pelo EUA durante 1994, enquanto escrevia novas músicas para o Lemonheads (incluindo uma colaboração com Iggy Pop, que acabou descartada).
A banda oficialmente se separou no começo de 1995, e Evan era o único remanescente. Ele passou boa parte de 1995 acompanhando uma turnê do Oasis. Naquele ano, Evan foi vaiado durante uma apresentação no importante Glastonbury Festival na Inglaterra, depois de subir ao palco com algumas horas de atraso. Após esse episódio, o Lemonheads só foi reunido no ano seguinte com uma nova formação para as gravações de um novo álbum.
A nova formação contava com Murph, ex-baterista do Dinosaur Jr., o guitarrista John Strohm (ex-Blake Babies e que já havia tocado bateria no próprio Lemonheads) e o australiano Bill Gibson no baixo. “Car Button Cloth”, lançado em 1996, continha colaborações de Evan com Eugene Kelly (Eugenius e Vaselines) e Tom Morgan. Evan chegou a compor e gravar a música ‘Purple Paralellogram’ com o amigo Noel Gallagher do Oasis, que acabou não sendo incluída no álbum. “Car Button Cloth” se revelou um dos mais diversos álbuns do Lemonheads até então, refletindo toda a turbulência vivida por Evan nos últimos anos. O disco foi recebido com frieza pela crítica e não teve um grande single, não conseguindo entrar na parada dos 200 mais vendidos da Billboard. A banda cumpriu a turnê de divulgação de “Car Button Cloth” e se separou em 1997. Ainda naquele ano, o contrato com a Atlantic foi rompido e em 1998 foi lançada a coletânea “The Best Of Lemonheads: The Atlantic Years”.
Então 10 anos se passaram, incluindo nesse intervalo um disco solo de Evan Dando, antes que o Lemonheads voltasse a ativa. Com o baterista Bill Stevenson (ex-Descendents, ex-Black Flag) e o baixista Karl Alvarez (ex-Descendents), e algumas participações especiais como a de J. Mascis, Evan Dando ressuscitou a alcunha Lemonheads e gravou um álbum auto-intitulado, lançado em dezembro de 2006, sendo bem recebido pela crítica e pelos velhos fãs.
The Who
The Who é uma banda de rock britânica surgida em 1964. A formação original era composta por Pete Townshend (guitarra), Roger Daltrey (vocais), John Entwistle (baixo) e Keith Moon (bateria). O grupo alcançou fama internacional, se tornou conhecido pelo dinamismo de suas apresentações e passou a ser considerado uma das maiores bandas de rock and roll de todos os tempos.
Eles também são julgados pioneiros do estilo, popularizando entre outras coisas a ópera rock (principalmente com Tommy).
No princípio de sua carreira a banda ficou famosa por arrebentar completamente seus instrumentos no final dos shows (especialmente Townshend, cuja destruição de guitarras tornar-se-ia um clichê do rock, e o alucinado Keith Moon, mandando seu kit de bateria pelos ares). Seus primeiros álbuns mod, repletos de canções pop curtas e agressivas, os distintos power chords de Townshend e temas recorrentes de rebelião juvenil e confusão sentimental, foram influências primordiais no surgimento do punk rock e do power pop.
A primeira banda que pode ser considerada a base do Who foi um grupo de "trad jazz" montado por Pete Townshend e John Entwistle, chamado The Confedereates. Townshend tocava banjo e Entwistle trompa (instrumento que ele continuaria a usar no Who e em sua carreira solo). O guitarrista Roger Daltrey conheceu Entwistle na rua (enquanto este último carregava seu baixo pendurado no ombro) e o chamou para entrar para sua banda. Entwistle concordou e sugeriu Townshend como guitarrista rítmico.
No princípio essa banda era conhecida como The Detours. Assim como muitos de seus contemporâneos britânicos, o grupo era fortemente influenciado pelo blues americano e country music, inicialmente tocando mais rhythm and blues.
The Detours
A primeira formação consistia de Roger Daltrey na guitarra base, Pete Townshend na guitarra rítmica, John Entwistle no baixo, Doug Sandom na bateria e Colin Dawson nos vocais. Depois de Dawson deixar a banda, Daltrey assumiu sua vaga e Townshend se tornou o único guitarrista. Em 1964 Doug Sandom saiu do grupo, e Keith Moon se tornou seu baterista.
O Detours mudou de nome para "The Who" em 1964 e, com a chegada de Keith Moon, a formação estava completa. No entanto, por um breve período em 1964, sob a direção do afamado mod Peter Meaden, eles mudaram de nome novamente, agora para High Numbers, lançando o compacto "Zoot Suit / I'm The Face", designado para atrair o público mod. Com o fracasso do compacto, a banda demitiu Meaden e retornou ao nome The Who, passando a ser empresariada por Chris Stamp e Kit Lambert. Pouco depois conseguiram se tornar uma das bandas mais populares entre os mods britânicos, uma subcultura dos anos 60 que unia modas, Motonetas e gêneros musicais como o rhythm and blues, soul, e música beat.
Chris Stampe and Kit Lambert
Para destacar seu estilo, a banda criou o slogan "Maximum R&B".
Em setembro de 1964, na Railway Tavern em Harrow and Wealdstone, Inglaterra, Pete Townshend destruiu sua primeira guitarra. Tocando num palco alto demais, o estílo físico das performances do guitarrista resultaram no rompimento do corpo de seu instrumento, quando ele se chocou contra o teto. Furioso com as risadas da platéia, Townshend arrebentou a guitarra em pedaços, pegou uma Rickenbacker de doze cordas e continou o concerto. Por conta disso, o público no show seguinte aumentou consideravelmente, mas ele se recusou a destruir outro instrumento. Ao invés disso, Keith Moon foi quem arrebentou seu kit de bateria. A destruição de instrumentos se tornaria um destaque dos shows ao vivo do Who pelos próximos anos, e o incidente na Railway Tavern acabaria entrando para a lista de "50 Momentos que Mudaram a História do Rock 'n' Roll" da Rolling Stone.
O grupo logo se cristalizaria ao redor das composições de Townshend (embora Entwistle também contribuísse com suas canções). Townshend era o centro das tensões da banda, esforçando-se sempre para surgir com ideias inovadoras e reflexivas enquanto Daltrey preferia o material mais agressivo e enérgico e Moon a surf music norte-americana.
O primeiro lançamento do Who, e seu primeiro sucesso, foi o compacto estilo-Kinks "I Can't Explain", lançado em 1965, seguido por "Anyway, Anyhow, Anywhere", a única composição conjunta de Townshend e Daltrey.
Sua estréia em LP foi no mesmo ano, com My Generation. O álbum trazia canções que se tornariam hinos do movimento mod, como "The Kids Are Alright" e a faixa-título "My Generation", com o famoso verso "I hope I die before I get old" ("Eu espero morrer antes de envelhecer"). Outros êxitos seguiram-se com os compactos "Substitute", "I'm A Boy" e "Happy Jack" (1966), "Pictures Of Lily" e "I Can See For Miles" (1967) e "Magic Bus" (1968).
Apesar do grande sucesso alcançado com seus compactos, o Who, ou mais especificamente Townshend, esgotara suas ambições com formato. Ao mesmo tempo o som da banda evoluía, e suas músicas se tornavam mais provocativas e envolventes enquanto Townshend passava tratar os álbuns do Who como projetos unificados, ao invés de meras coleções de canções desconexas. O primeiro sinal desta ambição surgiu em seu A Quick One (1966), que trazia uma coleção de canções que reunidas contavam uma história, "A Quick One, While He's Away", a partir de então taxada de "mini-ópera" e mais tarde considerada o primeiro épico progressivo.
A seguir veio The Who Sell Out (1967), um álbum conceitual que pretendia simular a transmissão de uma estação de rádio pirata, incluíndo jingles e propagandas. Em 1968, Pete Townshend foi o convidado da primeira entrevista da revista Rolling Stone. Nela, revelou que estava envolvido na composição de uma ópera rock em larga escala.
Nessa época os ensinamentos de Meher Baba passaram a exercer influência importante nas composições de Townshend, e essa conjunção de
ideias acabaria desaguando em Tommy (1969), sua primeira ópera rock completa e a primeira a alcançar sucesso comercial. O indiano é creditado como "Messias" na contra-capa do álbum Tommy. No mesmo ano tocaram no Woodstock'69
ideias acabaria desaguando em Tommy (1969), sua primeira ópera rock completa e a primeira a alcançar sucesso comercial. O indiano é creditado como "Messias" na contra-capa do álbum Tommy. No mesmo ano tocaram no Woodstock'69
Em fevereiro de 1970 o Who gravou Live at Leeds, considerado por muitos o melhor álbum ao vivo de rock de todos os tempos. O álbum, relativamente curto em sua versão original e trazendo as canções mais pesadas do show, foi sendo relançado com o passar dos anos em diversas versões expandidas e remasterizadas, que pretendiam consertar problemas técnicos na gravação e acrescentar as demais partes da apresentação.
No mesmo ano o Who começou a trabalhar em um EP, ou "maxi single", com meia dúzia de canções gravadas no estúdio caseiro de Townshend. No Festival da Ilha de Wight em agosto, o grupo apresentou "I Don't Even Know Myself" e "Water", que seriam parte deste novo álbum. Alguns meses depois Townshend compôs "Pure and Easy", uma canção que ele mais tarde descreveria como o "pivô central" do que se tornaria um ambicioso projeto multimídia chamado Lifehouse, que afastou a banda do trabalho no EP, já então abandonado.
O próprio Lifehouse nunca foi concluído no formato pelo qual foi projetado, embora seus temas acabassem surgindo de forma recorrente nos futuros trabalhos solo de Townshend.
Lançado em 1971 e considerado por muitos o melhor trabalho de estúdio do The Who, “Who´s Next” possui uma história tão rica quanto suas nove clássicas canções. Após o enorme sucesso alcançado por “Tommy”, a banda estava esgotada e de saco cheio da ópera rock que a consagrou. Buscando novos desafios, o grupo mergulhou em um projeto capitaneado por Pete Townshend chamado “Lifehouse”, que consumiu um ano de trabalho e parecia não levar a lugar nenhum. Estressados uns com os outros, com o grupo se destruindo internamente e com seu líder e principal compositor quase cometendo suicídio, o Who resolveu recomeçar tudo do zero.
O primeiro passo foi demitir o produtor Kit Lambert, responsável por “Lifehouse”, e que estava com a banda desde seu início. Glyn Johns chegou para o seu lugar e foi essencial para que as coisas começassem a funcionar. Ouvindo tudo que já havia sido produzido para “Lifehouse”, Johns selecionou aquelas que considerou as melhores composições e as apresentou ao grupo. Foi só a partir deste momento que Townshend, Daltrey, Moon e Entwistle perceberam que tinham um ótimo material nas mãos. Empolgados, começaram a trabalhar nos rascunhos apresentados por Johns, evoluindo alguns arranjos, reescrevendo letras, enfim, transformando o que antes não passavam de idéias mal estruturadas em alguns dos maiores hinos da história do rock.
“Who´s Next” abre com “Baba O´Riley” e sua característica introdução marcada pelo sintetizador tocado por Pete. De imediato, e até hoje, chama a atenção a sonoridade que a banda e o produtor conseguiram registrar no álbum.
Além da canção de abertura, outras duas composições acabaram marcando “Who´s Next”. A primeira é a linda balada “Behind Blue Eyes”. Construída a partir do violão de Pete, emociona com suas inspiradas linhas vocais, até alcançar seu ápice com uma explosão sonora típica do grupo.
A outra é “Won´t Get Fooled Again”, espécia de mini-ópera progressiva e que, com o passar dos anos, se transformou em uma das canções mais emblemáticas da banda. Repleta de mudanças de andamento e com fartas doses de peso, traz uma letra inspiradíssima de Townshend e é, ainda hoje, impressionante.
Algumas curiosidades a respeito de “Who´s Next” precisam ser mencionadas. A primeira é a respeito do nome do disco. Querendo se distanciar da sombra de “Tommy”, o grupo decidiu incluir o “next” no título como um sinal de que estava virando uma página em sua carreira, e que a partir dele surgiria um novo Who. Outra é a respeito de sua capa, que traz os quatro urinando em um monolito localizado no Easington District Colliery, em County Durham, e que, ao mesmo tempo que é uma clara referência ao filme “2001 – Uma Odisséia no Espaço”, lançado em 1968, é também uma metáfora ao seu passado, com o grupo mostrando claramente que estava buscando novos caminhos.
Vale citar que a qualidade mostrada pela banda em “Who´s Next” foi reconhecida tanto pelos fãs, que compraram o disco maciçamente, quanto pelo crítica especializada, que até hoje o considera um dos álbuns mais importantes da história.
Para quem quiser conhecer o álbum, recomendo a edição remasterizada lançada em 1995, que traz, além das músicas originais, as faixas “Pure and Easy”, “Baby Don´t You Do It”, “Naked Eye”, “Water”, “Too Much For Anything”, “I Don´t Even Know Myself” e “Behind Blue Eyes”. A versão “deluxe”, lançada em 2003, também é fantástica, trazendo outakkes gravados no estúdio Record Plant em Nova Iorque e uma apresentação da banda no The Young Vic, ambas registradas na época do lançamento original.
Mais que um clássico, “Who´s Next” é um álbum absolutamente fundamental para quem busca entender o rock and roll e, consequentemente, o próprio heavy metal.
Após Who's Next a banda voltaria ao estúdio somente em maio de 1972. Essas sessões dariam origem a mais uma ópera-rock de Townshend, Quadrophenia (1973), a história de um adolescente mod chamado Jimmy e sua luta contra tormentos internos e a busca por um lugar na sociedade. Os álbuns seguintes do Who evocavam canções mais pessoais de Townshend, estilo que ele eventualmente transferiria para seus álbuns solo. The Who by Numbers, de 1975, traz diversas canções introspectivas e depressivas, vistas por um certo crítico de rock como um "bilhete de suicídio" de Townshend.
Em 1978 a banda lançou Who Are You, distanciando-se do estilo épico das óperas rock enquanto se aproximava do som mais comum às rádios. O lançamento do álbum foi ofuscado pela morte de Keith Moon devido à overdose acidental de um remédio prescrito em seu combate contra o alcoolismo. Kenney Jones, ex-Small Faces, assumiu seu lugar. No ano seguinte a tragédia voltou a rondar o grupo: no dia 3 de dezembro de 1979 um tumulto no lado de fora do Riverfront Coliseum em Cincinnati, Ohio, provocou a morte de onze fãs que aguardavam o início do show do Who. A banda soube do incidente somente após a apresentação, ficando devastada com o ocorrido.
Discografia Completa!
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
domingo, 26 de janeiro de 2014
sábado, 25 de janeiro de 2014
Look What's Happened to Rosemary's Baby (1976)
Não achei uma versão dublada ou legendada, esta foi uma adaptação para a Tv, na época.
continuarei procurando se achar faço o post. Ok
A MALDIÇÃO DE POLTERGEIST - O FENÔMENO
Verdade, medo coletivo, superstição tola ou estratégia de marketing, seja por um motivo ou outro (ou vários), muitos filmes de terror tem alguma história de maldição relacionada a eles. Conheça as estranhas histórias por trás de Poltergeist - O Fenômeno.
Muitos acreditam que a maldição do filme ocorreu porque a produção usou esqueletos humanos reais, pois eram mais baratos que alugar os de plástico.
Dominique Dunne (intérprete de Dana Freeling), foi estrangulada pelo namorado ciumento e morreu após ficar alguns dias em coma, semanas após o lançamento do filme. A lenda afirma que o assassino colocou a trilha sonora dePoltergeist - O Fenômeno para abafar os barulhos da violência.
Heather O'Rourke a protagonista Carol Anne, morreu logo após o fim das filmagens de Poltergeist III, aos 12 anos de idade. A menina tinha um bloqueio intestinal, conhecido como Doença de Crohn, desde o seu nascimento, que fora erroneamente diagnosticado com uma infecção intestinal. Levando a menina à morte em fevereiro de 1988, com isso terminou a franquia que já tinha planos para o 4° filme.
Heather e Dominique estão enterradas no mesmo cemitério.
Julian Beck fez o papel do reverendo Henry Kene, morreu em 1985 durante as filmagens da continuação da franquia com câncer no estômago.
Will Sampson, o índio Taylor, morreu pouco depois do lançamento do segundo filme por complicações em uma cirurgia cardíaca em 1987.
Outros acontecimentos estranhos:
Zelda Rubenstein, fez uma sessão de fotos para o filme "Poltergeist III", em uma delas apareceu uma luz brilhante obstruindo seu rosto, a própria atriz informou que, no momento em que a foto foi feita, sua mãe falecera.
Algo deu errado durante as filmagens da cena aonde o ator Oliver Robins era sufocado por um palhaço, ele estava realmente sendo sufocado.
JoBeth Williams contou que quando voltava para a casa depois das filmagens seusquadros estavam todos tortos. Ele os endireitava diariamente, e diariamente os quadros ficavam tortos enquanto não havia ninguém em casa.
terça-feira, 21 de janeiro de 2014
Cara-a-Cara- Versão Pulp Fiction
Versão Pulp Fiction.
Os gringos chamam de Guess Who?, aqui a gente tinha um jogo bem parecido, chamado Cara-a-Cara.
Esse cara chamado Joe Stone fez um presente de aniversário especial para um amigo, uma versão do famoso jogo de adivinhação com os personagens de Pulp Fiction. E ele vem embalado em uma réplica da pasta de Marcellus Wallace.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Impressionante fenômeno de bioluminescência na Ásia.
Mesmo com toda a tecnologia humana, muitos eventos incríveis ocorrem sem a participação de elementos artificiais.
O que você acharia de visitar uma praia e ver um verdadeiro “céu estrelado” esparramado por cima das areias? Não existe Photoshop nas imagens. Elas são reais e não é a primeira vez que ocorre em praias nas Maldivas.
O fenômeno tem mais intensidade na Ilha Vaadhoo e é caraterizado pela concentração de fitoplânctons. Eles emitem bioluminescência, ou seja, processos biológicos em que seres vivos conseguem produzir luz.
Esses dinoflagelados, chamados de Noctiluca, são relativamente comuns e emitem uma encantadora luz azul, muito brilhante. Suas membranas celulares emitem sinais
elétricos que permitem o espetáculo. A luz também é produzida através de uma proteína chamada luciferina que é oxidada, criando a luz. Uma enzima chamada luciferase acelera esse processo, tornando o brilho ainda mais forte.
Muitos moradores e turistas gostam de visitar o local durante o período noturno, especialmente para ver suas pegadas nas areias ganhando luminosidade.
O fenômeno faz com que uma luz azul seja emanada cobrindo e delineando as ondas mais próximas da areia.
Além das Maldivas, o mar iluminado também acontece na Flórida e na Índia, além de vários outros lugares do mundo.
O fitoplâncton “phytoplanktons bioluminescentes” gera uma reação química que causa esse efeito neon nas ondas. O fenômeno chama-se bioluminescência e acontece também outros lugares do mundo, como na Índia e na Flórida.
domingo, 19 de janeiro de 2014
O Dia de Satã - (The Third Hand) [COMPLETO]
A imagens não é das melhores, mas vale a pena, sempre procurei por este filme para comprar, para baixar e nada , hoje achei o vídeo e sem sombra de dúvidas resolvi postá-lo.
CLÀSSICOOOOO DO TERROR!
sábado, 4 de janeiro de 2014
O Pontilhismo- TATTO
Nascido no século 19, na França, o pontilhismo (pointillisme, em francês, e dotwork ou stippling, em inglês) é uma técnica, como o nome mesmo diz, que consiste em criar uma imagem usando apenas pontinhos ou pequenas manchas, que provocam, pela justaposição, um efeito óptico. O pontilhismo veio do movimento impressionista e teve como base os estudos científicos do químico Michel Chevreul, que demonstram que cada cor ao lado de outra, sem serem mescladas, têm sua aparência original modificada, e são combinadas na retina do observador, formando o tom desejado pelo autor. George Seraut e Paul Signac são os principais nomes relacionados a essa forma de arte.
Na tatuagem, o pontilhismo apareceu no começo dos anos 90, na Europa.
Xed Lehead, de Londres, e Erik Reime, da Dinamarca, são considerados, por muitos, uns dos precursores do uso do pontilhismo na tatuagem, influenciando diversos tatuadores a se aventurar no estilo.
A proximidade dos pontos é o que faz a diferença nesse tipo de tattoo, para criar constrastes, sombreados, texturas e tons e, assim, construir o desenho.
São várias as referências do pontilhismo aplicado à tatuagem: Gregorio Marangoni,Marcio Ramos, Guy Le Tatooer, Nazareno Tubaro, Thomas Hooper, Colin Dale e outros.
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