domingo, 18 de setembro de 2016

Paisagens que ficam atrás de Mona Lisa, no quadro de Leonardo da Vinci


O quadro mais famoso de Leonardo da Vinci foi realizado com a técnica do sfumato (esfumaçado) e concluído depois de quase quatro anos de trabalho.



Em 1516 A pintura foi levada para a França pelo próprio Da Vinci e comprada pelo rei francês Francisco I. Depois de ter sido exibida nos palácios de Fontainebleau e Versalhes, a Mona Lisa foi usada para decorar os aposentos de Napoleão Bonaparte.


Protagonista do Museu do Louvre, em Paris, Mona Lisa, também conhecida como La Gioconda, é a mulher do sorriso tímido e feições introspectivas capaz de atrair multidões.Ninguém resiste ao ritual de enfrentar a aglomeração e ficar na ponta dos pés para contemplar, nem que seja por poucos segundos, o pequeno quadro de 77 centímetros de altura por 53 de largura.


Várias hipóteses já foram formuladas sobre a identidade da Mona Lisa. Há quem afirma que a modelo de Leonardo da Vinci era uma nobre originária da cidade de Mantova. Outros estudiosos sustentam que a mulher retratada era Lisa Gherardini, esposa de Francesco Giocondo, um rico comerciante de Florença. O que para muita gente ainda é um mistério é o lugar exato da paisagem retratada por Leonardo da Vinci. Essa resposta foi dada por duas pesquisadoras italianas: Olivia Nesci, geógrafa, e Rosetta Borchia, fotógrafa.


Em 2009, quando passeavam pelo vale Valmarecchia, nas proximidades de Rimini, para procurar os lugares retratados pelo pintor Piero della Francesca, Rosetta teve uma intuição.Olhando o rio à sua frente, a pesquisadora pensou imediatamente na paisagem da Mona Lisa. A amiga Olivia retrucou dizendo que para todos La Gioconda era originária de Florença e, que era improvável que aquele cenário fosse aquele imortalizado por Leonardo.



A teoria de Rosetta foi confirmada quando o estudioso italianoRoberto Zapperi publicou o livro intitulado “Monna Lisa addio, la vera storia della Gioconda”. Nessa obra, o pesquisador afirma que a Mona Lisa não é exatamente um retrato. Leonardo teria pintado a imagem de uma dama que nunca encontrou. A mulher seria Pacifica Brandani da Urbino, amada por Giuliano dè Medici e morta em 1511 depois de ter dado à luz a uma criança: Pasqualino.



Pasqualino foi aceito na família Médici, recebeu um novo nome: Ippolito e tornou-se um potente cardeal. O quadro teria sido encomendado por Giuliano de Médici para que o filho órfão pudesse ter uma imagem da própria mãe, mas Giuliano morreu antes que Leonardo completasse a obra depois levada para a França. A tese de Zapperi era o que faltava para que as estudiosas Rosetta e Olivia concluíssem que estavam certas. A dama conhecida hoje como Mona Lisa era originária de Urbino e a paisagem de Leonardo coincide com o antigo Ducato di Urbino. O antigo feudo corresponde, atualmente, ao território ocupado por parte das regiões Marche, Emilia Romagna e Umbria.


Depois de ter estudado atentamente o quadro, para as estudiosas as colinas, os rios e os vales atrás da figura de La Gioconda são aqueles de Valmarecchia, entre a Emilia Romagna, Repubblica di San Marino, Marche e Toscana. Para facilitar a vida de muitos turistas, a paisagem do quadro tornou-se um itinerário turístico. Graças a um projeto chamadoMontefeltro vedute Rinascimentali, é possível reservar vistas guiadas para explorar os cenários do quadro mais famoso do mundo.
Você pode provar essa nova forma de turismo cultural e reconhecer elementos do quadro como, à esquerda, Sasso di Simone (na província de Arezzo) e o Monte Nerone (entre as províncias de Perugia e Pesaro Urbino) ou, à direita, por exemplo, o chamado o Monte Fumaiolo. 

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